HISTÓRIA DA ARTE: CONCEITOS E ANALISES

História da Arte

1. Leia o trecho abaixo:  

Enquanto que a arte manifesta o Belo, a Estética (palavra grega que significa “sensível”) explica este mesmo Belo. Elucidemos através de um exemplo: o voo de um pássaro é uma arte; o mecanismo deste voo representa a Estética.

(BATTISTONI FILHO, Duilio. Pequena História da arte. Campinas: Papirus, 2009, p.9.)

A partir do trecho acima e das leituras realizadas:

1. Construa uma definição para arte e artista.

Arte: A arte é o modo pelo qual o ser humano vem buscando desde os primórdios expressar suas ideias, sentimentos, visão e valores, dispostos em um conjunto de normas, tais como modos, maneiras, dom, jeito e habilidade para a perfeita execução das coisas. Torna-se arte a ideia palpável de um artista, quando este concretiza em objeto o contexto de sua época e inspirações. A evolução humana contribui com a evolução artística que, com o passar dos anos agregou técnicas aos sentimentos transcendentes do quadro ou a fins.

        O escritor William Somerset Maugham (1874-1965), definiu a arte da seguinte maneira:

 “A arte um dos grandes valores da vida, deve ensinar aos homens: humildade, tolerância, sabedoria e magnanimidade.” (W. Somerset Maugham)

Artista: É alguém que vive em devaneios é visionário e ao mesmo tempo sonhador. O artista não se importa com o pedestal dos vencedores, tão pouco em pagar a importância além do combinado para descrever o objeto de sua inspiração. No conjunto de fenômenos cerebrais e espirituais estão contidos seus segredos, sensatez e discernimento. Seu pensamento é pesado como chumbo ou leve como uma pena. O artista emana e ressalta conceitos de seu tempo e cultura. Solidifica um ideal de acordo com sua respectiva sociedade.

“Toda arte, tenha-se consciência disso ou não, tem uma função política” (Carlos Scliar)

1. Analise o que é estética e qual a sua importância para o estudo da arte.

A estética na arte é a expressão, compreensão e análise do mundo/objeto através da sensibilidade, sua importância dá-se no sentido de apreciar a arte através da sensibilidade, libertando-nos de julgamentos prévios e pré-conceitos e da alienação mercadológica do consumismo e padronização de beleza. A técnica usada pelo artista atribui-se em diferentes períodos da história e resulta na estética. Atualmente, estudamos objetos artísticos com uma visão ampla sobre conceitos e disposição para a criação de tais itens. O estudo desses objetos nos possibilita entender épocas distantes, construção e organização social, inspirações e, com a gestão vigente do período, a forma de governo a qual pertencia e como esta funcionava. Com a expansão comercial entre as potências desde o Império Egípcio, várias técnicas foram agregadas a estilos diversos.

1. Escolha uma das obras a seguir e faça uma análise:

Obra	Análise
[pic 1] Figura 1 – Albrecht Dürer – Mãe	Nesta obra percebemos a preocupação e a qualidade de Dürer em transmitir o realismo e naturalismo em seus trabalhos. O retrato de sua mãe é extremamente realista e natural, as rugas, o rosto magro, as veias saltantes no pescoço demostram a fragilidade do ser humano, as marcas de uma vida difícil gravadas na pele de sua mãe. Dürer passa ao espectador o sentimento de comoção e sofrimento e paradoxalmente o amor, ternura e admiração por sua mãe.
[pic 2] Figura 2 – Rafael Sanzio – Virgem no prado	Esta obra retrata um tema religioso, nota-se a preocupação do artista em obter uma homogeneidade e harmonia entre as figuras. O esquema piramidal da à harmonia almejada pelo artista e o efeito das cores criam uma impressão de profundidade. Ao fundo temos uma paisagem composta de nuvens, céu, montes, árvores e um campo gramado em cores padronizadas, destacando-se duas flores vermelhas que podem ter um simbolismo teológico. O olhar da mãe é um tanto melancólico, as crianças retratam o menino Jesus e João Batista que está ajoelhado simbolizando a autoridade de Jesus. A nudez das crianças retratam as características Renascentistas da qual Rafael Sanzio foi contemporâneo.
[pic 3] Figura 3 – Taj Mahal	O Taj Mahal não é apenas um prédio constituído de uma bela arquitetura, ele possui um valor simbólico que é a materialização e a eternização do amor entre duas pessoas. A entrada composta de árvores, espelho d´água e um enorme portal de acesso ao palácio passam o sentimento de se estar entrando no céu. A cúpula principal em formato de coroa é a representação da majestade da princesa que está rodeada por cúpulas menores, representando assim a predileção do príncipe pela princesa. Todo o esforço despendido para a edificação desta construção, isto engloba mão de obra, tempo e investimento financeiro levam a crer que em nome do amor tudo vale a pena. O Taj Mahal representa uma história de amor que o mundo não esquecera. Nota-se, no contexto histórico, a centralização do poder monárquico que com o apogeu do império, seu governante usufruiu de tais recursos para a construção de um projeto vinculado diretamente e somente a sua amada. Sua importância deve-se a sua complexidade e simetria arquitetônica, há uma perfeita harmonia de traçados e disposição com o uso de pedras preciosas de várias partes do império. Alguns estudiosos especulam que a extravagância e custo exorbitante colaboraram com o declínio da dominação mongol.
[pic 4] Figura 4 – Pintura Rupestre – Gruta de Lauscaux, França	Nem tudo que consideramos como arte foi feito para ser exposto como arte. Alguns itens possuem outros valores. Valores de memória, de culto ou necessidade. A arte parietal é feita em paredes ou superfícies rochosas; os pesquisadores consideram-na como uma relíquia da mais antiga crença universal, pois acredita-se que era feita por caçadores que, por sua vez, acreditavam que os desenhos tinham poderes a ponto de fazerem os verdadeiros animais sucumbirem; há um extremo valor histórico em obras preservadas que revelam seu tempo e as cavernas fechadas com pouca iluminação possibilitaram essa descoberta de um passado remoto.