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Historia Da Arte - Idade Média

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Por:   •  27/3/2015  •  3.236 Palavras (13 Páginas)  •  806 Visualizações

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A ARTE NA IDADE MÉDIA

Quando Roma começou a ser invadida pelos povos bárbaros, por volta do século IV, fez com que o Imperador Constantino transferisse a capital do Império para Bizâncio, uma colônia grega localizada entre a Europa e a Ásia, no estreito de Bósforo. E lá, no ano de 330, fundou a cidade de Constantinopla, que, graças a sua localização geográfica privilegiada, viria a ser palco de uma verdadeira síntese das culturas greco-romana e oriental.

Em 395 d.C., após a morte do imperador Teodósio, o Império Romano foi dividido entre seus dois filhos: Honório e Arcádio. Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, tendo Roma como sua capital, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com a capital Constantinopla.

O Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma, sofreu sucessivas invasões até cair completamente em poder dos bárbaros, no ano de 476, data que marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média.

O Império Romano do Oriente ficou conhecido como Império Bizantino e alcançou seu apogeu político e cultural durante o governo do Imperador Justiniano, que reinou de 527 a 565. Apesar das contínuas crises políticas, manteve-se a unidade do Império até 1.453, quando os turcos tomaram sua capital, Constantinopla, dando início a um novo período histórico, a Idade Moderna.

A Idade Média é dividida em dois períodos. O primeiro período é o da Alta Idade Média, compreendido entre os séculos V ao XI, e o segundo é o da Baixa Idade Média, ocorrido entre os séculos XII ao XV.

A Alta Idade Média, iniciada com a queda do Império Romano do Ocidente, em decorrência das invasões dos povos bárbaros, foi marcada pelo processo de ruralização da sociedade europeia. Fugindo dos ataques bárbaros, os povos do Império Romano que viviam nas cidades passaram a se dirigir para o campo, como forma de se protegerem dos ataques. Com os ataques e a permanência dos bárbaros nos territórios conquistados, aos poucos foi surgindo uma nova formação social, resultando da mistura das instituições romanas e germânicas.

A Baixa Idade Média foi o período em que se iniciou a desintegração do mundo feudal europeu. As consequências das cruzadas no âmbito comercial proporcionaram um renascimento do comércio com o Oriente a partir do século XII. Outro renascimento do período foi o Renascimento Urbano, decorrente do comércio nas feiras do interior do continente, que levou à expansão das cidades. Essas mudanças resultaram aos poucos na diminuição do poder cultural católico, abrindo espaço ao conhecimento baseado no que sobrou da cultura produzida por gregos e romanos, que encontraram difusão nas universidades criadas a partir do século XII.

A Idade Média foi denominada, erroneamente, como Idade das Trevas pelos estudiosos do século XVI, por não ter a grandiosidade cultural da Antiguidade clássica, devido ao suposto desaparecimento da cultura greco-romana efetuado pelas invasões bárbaras e o domínio da Igreja.. Nesse período, a evolução das artes e da cultura foi praticamente nula, pois devido as constantes invasões bárbaras, as populações migraram para o campo, onde não havia condições nem público para um desenvolvimento artístico-cultural.

Para esses estudiosos, a dominação religiosa havia deixado na escuridão os conhecimentos antigos. Essa perspectiva não corresponde ao que realmente aconteceu, já que os conhecimentos antigos foram mantidos, pois caso contrário esses pensadores não saberiam da existência do conhecimento produzido por gregos e romanos.

Foi necessário cerca de um milênio de lentas mudanças econômicas e políticas para que o caminho rumo à modernidade fosse preparado, pois somente no século XIX, a passou a ser entendida como etapa necessária da história da civilização ocidental.

A Igreja Católica, já organizada nas últimas décadas do Império Romano, tornou-se a instituição mais importante desse período, devido à progressiva conversão dos bárbaros ao Cristianismo e à grande quantidade de propriedades agrícolas que ela possuía.

O Papa era reconhecido como autoridade máxima e a arte e a cultura eram dominadas pela Igreja. Sendo assim, toda arte medieval tem suas raízes no Cristianismo, por isso ela se voltou para a valorização do espírito.

Os valores da religião vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo e a medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha poderes ilimitados.

Os artistas medievais se interessavam exclusivamente pela alma, dispostos principalmente a iniciar os novos fiéis nos dogmas da igreja. A arte se tornou serva da igreja. Os teólogos acreditavam que os cristãos aprenderiam a apreciar a beleza divina através da beleza material, e o resultado foi uma profusão de mosaicos, pinturas e esculturas.

Na Idade Média, principalmente no primeiro milênio, a arte era completamente influenciada pela religião cristã. Os temas dos afrescos, que se desenvolveram em Bizâncio e depois foram incorporados pelo cristianismo ocidental, giravam basicamente em torno de pinturas retratando os santos da Igreja, Jesus e Maria. Alguns textos importantes foram ilustrados com iluminuras (ilustrações em manuscritos feitos por monges copistas), mas de pouca sofisticação pictórica.

Na arquitetura, imperava o estilo românico, a partir do século X, até pelo menos até o início do século XIII. O estilo era uma arquitetura eclesiástica, que havia herdado muitas técnicas de estilo e construção dos antigos templos romanos e simbolizava o poder das ordens monásticas que dominavam o universo da cultura medieval desde o século VI. As igrejas românicas eram geralmente construídas junto a mosteiros e faziam parte de uma sociedade estática e fechada em si.

O estilo gótico (nome pejorativo, dado pelos intelectuais renascentistas a este estilo) foi gradualmente substituindo o românico, a partir dos séculos XIII e XIV. As catedrais góticas eram construídas em cidades com grandes recursos financeiros – já que sua construção era cada e requeria muitos anos de investimento –, geralmente provenientes de fundos arrecadados com festas religiosas e pelo fato das cidades serem locais de peregrinação.

A cidade de Colônia, por exemplo, era famosa por possuir as ossadas dos três reis magos, o que atraiam anualmente milhares de peregrinos. A catedral gótica era o centro da vida da comunidade. Abrigava geralmente uma escola e uma biblioteca e, por vezes, era usada como câmara municipal, sendo vista como a expressão do novo espírito secular, que resultara do crescimento

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