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Historia Do Cavaquinho

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Por:   •  20/3/2014  •  1.934 Palavras (8 Páginas)  •  688 Visualizações

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HISTÓRIA DO CAVAQUINHO

Existe unanimidade entre autores como Oneyda Alvarenga, Mário de Andrade, Renato Almeida e Câmara Cascudo sobre a origem portuguesa do cavaquinho.

Afirma Cascudo que de Portugal o instrumento teria sido levado pra a ilha da Madeira e de lá, após absorver algumas modificações, vindo para o Brasil. Na verdade, o cavaquinho chegou não só a ilha da Madeira, mas, também, aos Açores, Havaí e Indonésia.

No Havaí, levado pelo madeirense João Fernandes em 1879, foi rebatizado pelos habitantes locais como ukulele (pulga saltadora), caiu no gosto da população e acabou se tornando símbolo da música havaiana. Na Indonésia, ganhou o nome de Kerotijong (ou viola de kerotjong ou ainda ukulele como no Havaí), e participa do conjunto que toca o gênero de mesmo nome, bem parecido com o conjunto de choro brasileiro.

No livro Instrumentos Populares Portugueses encontramos a seguinte descrição: "O cavaquinho é um cordofone popular de pequenas dimensões, do tipo da viola de tampos chatos - e, portanto da família das guitarras européias - caixa de duplo bojo e pequeno enfraque, e de quatro cordas de tripla ou metálicas - conforme os gostos, presas em cima nas cravelhas e embaixo no cavalete colado no meio do bojo inferior do tampo.

Além deste nome, encontramos ainda, para o mesmo instrumento ou outros com ele relacionados, as designações de machinho, machim, machete, manchete ou marchete, braguinha ou braguinho, cavaco etc..."

Além das coincidências de formas e afinações do instrumento lá e aqui, vemos ainda que em ambos os casos o cavaquinho está ligado a manifestações populares, festas de rua, etc.

Sobre os gêneros que o utilizam em Portugal, encontramos na mesma publicação o seguinte: "Como o instrumento de ritmo e harmonia com seu tom vibrante e saltitante, o cavaquinho é como poucos, próprio pra acompanhar viras, chulas, malhões, canas-verdes, verdegares e prins".

Além dos gêneros que o utilizam em Portugal, outro detalhe marca a diferença entre o cavaquinho no Brasil e em Portugal: a maneira de tocar. Enquanto aqui utilizamos a palheta para tanger as cordas, lá são usados os dedos da mão direita, geralmente fazendo rasgueado.

No Brasil o cavaquinho desempenha importante função no acompanhamento dos mais variados estilos, desde gêneros musicais urbanos como o samba e o choro, até manifestações folclóricas diversas como folias de reis, bumbas-meu-boi, pastoris, chegança de marujos.

As cordas do cavaquinho são contadas de baixo para cima e afinadas em Ré-Si-Sol-Ré, que é chamada de afinação tradicional, ou em Mi-Si-Sol-Ré, na afinação tradicional, igual a do violão, perdendo apenas as notas Lá e Mi. Leva-se em conta que as cordas estão classificadas de baixo para cima, ou seja, a corda mais fina é a 1ª corda e a mais grossa é a 4ª corda.Iniciando, então, o processo de afinação, vamos tomar por ponto de partida a 4a. Corda (Ré).

GRANDES INSTRUMENTISTAS

Ao longo deste século grandes instrumentistas marcaram o desenvolvimento do cavaquinho, entre os quais podemos citar Nelson Alves:

(Nelson dos Santos Alves - Rio de Janeiro - 1895-1960). Integrante do grupo de Chiquinha Gonzaga e fundador dos Oito Batutas. Autor de choros como Mistura e manda e Nem ela.. Nem eu.

Canhoto(Waldiro Frederico Tramontano - Rio de Janeiro - 1908-1987). O mais marcante acompanhador de cavaquinho. Tocou com Benedito Lacerda desde a década de 30; em 1950 fundou seu próprio regional, marco dentro dessa formação instrumental.

Garoto (Aníbal Augusto Sardinha - São Paulo - SP - 28/06/1915 - Rio de Janeiro 03/05/1955). Inigualável virtuose das cordas. Tocava banjo, cavaquinho, bandolim, violão tenor, guitarra havaiana, violão, etc. Foi o autor de músicas revolucionárias para a sua época como Duas contas e Sinal dos tempos.

E, sobretudo aquele que popularizou o cavaquinho como solista: Waldir Azevedo (Rio de Janeiro - 27/01/1923-20/09/1980). Autor das músicas mais executadas do repertório de cavaquinho: Brasileirinho, Delicado e Pedacinhos do Céu, entre outras.

Podemos ainda acrescentar que dentro dessa evolução o acontecimento mais recente de relevo é a experiência camerística que a Camerata Carioca, idealizada pelo maestro Radamés Gnattali, realiza; utilizando o cavaquinho para tocar desde concertos de Vivaldi até músicas de autores contemporâneos.

Adeptos:

Nos últimos anos duas variações de forma do cavaquinho ganharam adeptos: a guitarra baiana (um cavaquinho elétrico de corpo maciço e forma de guitarra elétrica) instrumento solista dos trios elétricos, e o banjo-cavaquinho, que devido ao seu som alto, se equilibra melhor com os instrumentos de percussão usados nos chamados pagodes.

HISTÓRIA DO SAMBA

Não por acaso, portanto, o primeiro grande momento dessa mesma música é do mulato carioca Joaquim da Silva Callado (1848-1880), que entrou para a história como o criador do choro e, com ele, chegou a se apresentar para o imperador Pedro II, por quem foi condecorado com a Ordem da Rosa em 1879. Era tão virtuoso que não havia quem se dispusesse a editar os seus temas, pois executá-los exigia competência e talento. Com Callado, inaugurava-se uma estirpe de compositores e instrumentistas que passariam a ser chamado de "chorões", referência aos choros ou chorinhos que criaram e imortalizaram.

Foi nessa mesma época que começou a ganhar consistência a obra de outra carioca, a ousada Chiquinha Gonzaga, que escolheu a música quando seu marido, o oficial da Marinha Mercante Jacinto Amaral, a flagrou tocando violão no navio em que viviam e exigiu: "- O violão ou eu!" Sua estréia como compositora se deu com a polca Atraente (1877). Quando morreu, octogenária, deixou um legado de 77 peças teatrais e 2 mil partituras, entre as quais se destacam o tango Corta jaca e a modinha Lua branca. Outro importante pioneiro foi Ernesto Nazareth. Embora seu real desejo fosse fazer carreira como músico erudito, esse exímio pianista, que era obrigado a tocar nas ante-salas de cinema para sobreviver, entrou para a história como o mais original compositor

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