Leitura de Imagens

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TRABALHO EM GRUPO (TG)

PROFESSORA: SUELI APARECIDA ACTUM

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A consciência da visibilidade –uma estratégia da imagem

Realize um exercício de leitura de imagem,

registrando o percurso desta leitura e as

questões que você utilizou para dialogar com as obras.

Sinta - se à vontade para elaborar quantas questões julgar necessárias para que você, como leitor de imagem,

consiga identificar os símbolos presentes nas imagens,

descrevendo os detalhes que você consegue perceber.

Não se esqueça de comparar as imagens e o contexto em que elas foram produzidas,

bem como seus títulos e respectivos temas.

Elabore ainda um relato sobre sua experiência com esta atividade.

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 Percebe-se nesta composição, uma grande preocupação com a posição de cada elemento da pintura.

- O trio de pessoas à frente;

- O fundo, onde um relevo se contrapõe ao outro. Cidade versus montes;

- O lago e o prado, onde um grupo de árvores pequenas, contrapõem-se com as elevações na outra lateral;

- As pequenas flores que se contrapõem com o céu acima.

- As cores frias e límpidas, da paisagem contrastando com as fortes e intensas da personagem central.

 Tudo mostra a sensibilidade e preocupação harmônica numa visão macro e rápida. Mostra também uma característica forte do renascentismo, que é a perspectiva, sendo pintada de maneira doce, porém expressiva.

 Muita luz e algumas sombras passam também a impressão serena, um recurso recorrente numa pintura religiosa.

 O trio, passa a impressão, que o artista se refere à uma santíssima Trindade em uma visão pessoal. Visto que ele elevou a Madonna, deixou o menino Jesus em pé e seu primo, João Batista, de joelhos. Caracterizou a hierarquia religiosa nas poses. O que nos remete a mais uma característica forte do estilo, o realismo da pintura querendo exprimir a grandeza de Deus, porém de maneira suave.

 A nudez das crianças também nos remete aos querubins, outro elemento sacro, muito comuns no renascentismo.

 Todos possuem expressões que passam a impressão de conformismo e melancolia. A virgem, como que sabendo do futuro de seu filho. O filho, como que aceitando seu destino. O primo, já dando mostras de sua alegria e subserviência.

 As cores da pintura transmitem docilidade.

 Um azul delicado e frio, do céu, contrapondo-se com o verde profundo, frio, porém forte, da relva.

 O vestido, vermelho e o manto azul, nos leva a fixar a atenção na virgem, talvez como figura principal, talvez como a mais sagrada, na opinião do autor.

 As duas papoulas, vermelhas e perfeitas, nos leva a pensar. Por quê elas? Referência ao destino do menino Jesus, como alguns críticos pensam? Ou somente outro elemento de contraposição, visto que temos a margarida branca, no canto esquerdo, inferior. Porém esta margarida também pode ser uma alusão ao Lírio branco, que demonstrava a pureza da escolha divina da virgem, um signo muito comum no renascentismo.

 Esta obra pode ter sido encomendada pela Igreja, visto que mostra a Capela ao fundo. Além da clara alusão de João Batista entregando a cruz a Jesus, assim como na Bíblia, ele facilita o começo da missão de Jesus, em seu batismo e a descida do Espírito Santo.