Memórias e Expressões Artísticas
Por: Elder Oyá • 18/9/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.199 Palavras (5 Páginas) • 212 Visualizações
Memórias e Expressões Artísticas: Ojó Igbí Orisà Rè Wo a partir das narrativas das fotografias do Ogãn Léo de Ayrá
Por: Elder Ribeiro1
Orientadora: Gláucia Trinchão2
Coorientador: Élcio Gomes da Silva3
Sidney Leonardo Silva Motta, conhecido como Ogãn Léo de Ayrá é um Fotógrafo Brasileiro que contribui significativamente para os estudos culturais e o artivismo nos espaços de culto das religiões afro brasileiras, além de ser responsável por destacar a figura das ialorixás e dos babalorixás, através das publicações dos seus manuscritos no Site Ogãn Léo de Ayrá, especializado no tema, o qual é responsável. Homem de axé, a força sagrada de cada orixá, Sidney Motta tem experiência profissional, pessoal e religiosa no tema a que se propõe a trabalhar com os olhos críticos de artista. As criações estéticas do Ogãn Léo se traduzem em Filmagens e Edição de umbanda, candomblé, desde a obrigação de tempo no orixá, confirmação de ogãn e ekedji, festas de exús, caboclo, preto velho, camarinha e dentre outras celebrações religiosas.
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- Acadêmico do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Linguagens e Tecnologias na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – CECULT/UFRB, Área de Concentração: Cultura Popular, Cultura e Identidades Brasileiras, Diversidades e Relações Étnico-Raciais e História da Religião. E-mail: elderribeiro97@gmail.com/ / E-mail alternativo: elderribeiro97@hotmail.com / Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1109544421163427.
2 Graduada em Licenciatura em Desenho e Plástica pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É mestra em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (UFBA). Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), no Rio Grande do Sul. Atualmente é professora titular de Desenho na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). ). E-mail: gaulisy@gmail.com / Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9270635173528305
- Bacharel em História pela Universidade Católica do Salvador – UCSAL, Licenciando em História pelo Centro Universitário Jorge Amado, Radialista – IFBA. Participação em eventos, congressos, exposições e feiras. Defesa de Monografias. Eu falo-falo. 2007. (Outra.) Curso de Braile. 2005. (Oficina). Prazeres e poderes de Michel Foucault e outras abordagens. Convidado. (Simpósio). VII de Mobilização Científica. 2005. (Encontro). XXV Encontro Nacional de Estudantes de História. Participante. 2005. (Encontro). Caminhos e Descaminhos da História O Golpe de 64. Mini-Curso. 2004. (Simpósio). E-mail: elcio.gomes@hotmail.com / Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2844146966345417
Sidney Motta foi confirmado como Ogãn em 30 de março de 2012, pelo Babalorisá Josimar de Oxóssi – Axé Oswaldo Cruz, recebeu cargo de Ojú Obá (os olhos do rei) no mesmo Asé de Iniciação. Sendo assim, Sidney Motta passou a ser Ogãn Léo, filho de santo de pai Josimar de Oxóssi, neto de Marcelo de Oxaguiãn e bisneto de Iyá Nitinha de Oxum da Casa Branca do Engenho Velho em Salvador, Nação Ketu.
A empresa ‘’Ogãn Léo de Ayrá’’, criada há mais de 9 anos, de mesmo nome de seu diretor e fundador, vem se destacando no campo da difusão das religiões afro brasileiras através de fotografias e filmagens, mostrando ao mundo o porquê e o como ocorrem os cultos afro brasileiros, assim como seus símbolos, adereços, vestuários, gestos e danças de umbanda, candomblé, desde a obrigação de tempo no orixá, confirmação de ogãn e ekedji, festas de exús, caboclo, preto velho, camarinha e dentre outras celebrações religiosas.
Buscando sempre destacar a dimensão politica da arte e dando visibilidade artística significativa para as religiões de matriz africanas e suas manifestações culturais, religiosas e espirituais, Ogãn Léo, através das redes sociais, como o Facebook e Youtube, compartilha os trabalhos realizados pela equipe de profissionais especializados, expandindo seus contratos para outros estados do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Belo Horizonte, Curitiba e Bahia.
Toda esta experiência aborda um tema explícito dos anseios do fotografo sob o Prêmio de Fotografia do Pierre Verger: como acontece a construção da sua trajetória profissional. Ogãn Léo de Ayrá cria um cenário onde as percepções em sociedades geram grandes conflitos sócio-político-religiosos na atualidade.
Através de uma linguagem bastante acessível, a fotografia e o vídeo, Ogãn Léo de Ayrá, durante a sua trajetória profissional, se utiliza das mídias sociais para socializar os fundamentos de interação artístico-cultural e religioso. A cultura e o espaço religioso e o controle social, a integração social no meio das perspectivas do artivismo diário. Sua arte mescla momentos de narração, que é feita em terceira pessoa, com momentos de diálogos diretos que dão maior realidade à história veiculada.
O currículo de Ogãn Léo de Ayrá, proponente do projeto fotográfico: Ojò Igbí Orisà Rè Wo, composto de 7 (sete) fotografias, que se submete ao Prêmio de Fotografia do Pierre Verger, intitulado apresenta elementos que o enquadra no objetivo do evento: mostrar como acontece a construção da sua trajetória profissional, pois apresenta mostras de fotografia entre a linguagem e edição, a elaboração de revista, jornal, cartão de visita e convites, contudo, voltado para as religiões afro brasileiras, nos espaços de culto aos orixás, tendo como referência fílmica o Ilè Aláketú Asé Osún Iyami Ypondá, Asé Valqueire, Pavuna, Asé da Matriarca Obáganju, Asé de Mãe Nitinha de Oxum, Asé Inzo Ia Nzambi Nganga Kingongo Ndanji, Asé Igi Afêfê, Ilê Asé Odé Igbô, Ilê Asé Odó Omin Ojú Osún, Ilê Axé Omo Abádeni Ogún, Ilê Asé Omo Ogún, Kwé Sejá Cilé, Ilê Asé Odé Omi Funfun, Ilê Asé Olomi Tutu, Ilê Ogun Lodé Omim, entre outros.
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