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Musica E Arte No Período Barroco

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Por:   •  14/11/2014  •  2.057 Palavras (9 Páginas)  •  427 Visualizações

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Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, mas logo em seguida se difundiu pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente.

Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra Reforma, distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, embora interpretando-a diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada período. Isso fica claro levando em conta que a forma de expressão humana e suas ideologias vão se desenvolvendo e mudando ao longo tempo. Então enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas características são bem evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo.

Muitos pesquisadores acreditavam que o Barroco não constituía apenas de um estilo artístico, mas sim todo um período histórico, todo um novo modo de entender o mundo, o homem e Deus. As mudanças introduzidas pelo espírito barroco se originaram, então, de um grande respeito pela autoridade da tradição clássica, e de um desejo de superá-la com a criação de obras originais, dentro de um contexto social e cultural que já se havia modificado profundamente em relação ao período anterior, que era o Renascimento.

Então, desde tal período (o Renascimento), a Itália se tornou o maior pólo de atração de artistas em toda a Europa, e no início do século XVI Roma, sede do Papado católico, se tornou o maior centro irradiador de influência artística, tendo a Igreja como incentivadora em tais atividades. Mas desde lá, tendo passado por invasões dramáticas, como a que culminou no Saque de Roma de 1527, e sofrendo com agitação interna, a Itália havia perdido muito prestígio e força, ainda que continuasse a ser a maior referência na cultura europeia.

A atmosfera otimista do Renascimento havia se desvanecido. Os progressos na filosofia, nas ciências e nas artes, o florescer do humanismo, não evitaram os ódios e guerras, e a fé no homem como imagem da Divindade. Se deparava com o cinismo e a brutalidade da política, a vaidade do clero, a eterna opressão do povo, surgindo uma nova corrente cultural a que se deu o nome de Maneirismo - erudita, sofisticada, experimental, mas carregada de dúvidas e agitação, e dada a excentricidades e ao cultivo do bizarro. Aliás, para complementar, o Maneirismo foi uma arte de protesto e de oposição à autoridade clássica e às estruturas sociais coletivas de atribuição de valor.

A sociedade – a sociedade barroca foi a das contradições, dos contrastes de ideias, de variações entre o individual e o tradicional, a autoridade inquisicional e a liberdade, o misticismo e sensualidade, igreja e superstições, guerras, comércios, caprichos e sobretudo de uma situação onde todos que participaram, fizeram parte e constituíram esta cultura. Basicamente, a arte barroca dirige-se a toda a sociedade e é apoiada por ela.

A igreja, principalmente a católica, com seu poder e absolutismo, faz parte do Barroco e constitui parte desta cultura. Na sociedade barroca, as amizades e convivências familiares são esfriadas, as pessoas tornam-se comerciáveis e as relações podem ser alugadas, compradas e vendidas. Isto se deve as crises enfrentadas em relação à economia instável, conflitos religiosos, descobertas científicas, que acabaram atingindo o “eu” do homem daquela época.

Na época do Barroco, a sociedade como um todo vivia sob o domínio da igreja, por isso, as pessoas tentavam conciliar a glória e o valor humano despertados pelo Renascimento com as ideias de submissão e pequenez diante de Deus e da igreja.

Além disso, as pessoas da sociedade viviam com o pensamento entre céu e terra, conscientes de sua grandeza, mas perseguido pela ideia de pecado e por isto, todos buscavam a salvação de forma angustiada. Assim, há uma tentativa de conciliação de ideias antagônicas: Bem – Mal / Deus – Diabo / Céu – Terra / Pureza – Pecado / Alegria – Tristeza/Espírito–Carne.

Existia na sociedade um crescente pessimismo em face da vida (oposto à vontade de viver e vencer do Renascimento) e tudo lembra ao homem sua morte e aniquilamento.

No Brasil o Barroco iniciou-se a partir do ciclo do ouro, e foi a primeira escola artística que conseguiu criar expressões tipicamente brasileiras, um fato muito importante para o começo de um sentimento nacionalista. Um dos nomes luso-brasileiro mais destacados foi o do padre Antônio Vieira, maior representante da oratória sacra em língua portuguesa.

Pode-se destacar sobre os fatos históricos mais relevantes da época:

• Newton descobre a lei da gravidade

• A Guerra dos Trinta Anos – Luta entre o catolicismo romano e o protestantismo

• Construção do primeiro teatro de ópera alemão em Hamburgo

• Willian Harvey descobre a circulação do sangue

• Sauver descobre as vibrações dos sons musicais

• Fundação da universidade de Harvard e Yale

• Morte de Galileu Galilei

• Pompeia é descoberta

Invenções mais relevantes:

• Barômetro

• Geometria Analítica

• Lei da gravidade

• Telescópio

• Máquina de calcular

• Funcionamento do coração

• Órbita dos planetas

Já foi dito sobre a introdução do estilo artístico Maneirista, e ele, porém, através da convocação do Concilio de Trento, gerou profundas consequências para a arte produzida na área de influência da Igreja Católica: a teologia assumiu o controle e impôs restrições às excentricidades maneiristas buscando

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