O Coletivo Artístico

O coletivo artístico surgiu durante a ditadura militar  brasileira que foi o regime instaurado em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos de militares. Em meio a esse caos surgiu o primeiro coletivo da arte do país.  No estado de são Paulo.

Surgimento= Três jovens tomaram a frente e começaram a repensar o espaço publico. José Carratu, Milton Sogabe e Eduardo Duar criaram o grupo TUPINÃODÁ em 1983.

Jaime Prades= Hoje artista consolidado Jaime Prades entrou no coletivo em 1985 nos conta um pouco do inicio de tudo: “A gente estava em pleno processo de transição da ditadura para a democracia. A gente já estava na rua, tentando fazer essas intervenções enormes, e trabalhávamos à luz do dia, nosso objetivo era conquistar esse espaço. A situação política ainda era muito tensa. Era um ato perigoso ir para a rua. A rua é sempre perigosa, mas naquele momento era veladamente perigoso. E o mais provocante é que o nosso discurso era completamente lúdico em termos de imaginário. Mas ir lá fazer aquilo, se expor, isso sim é que era político.”

Obras= “Na verdade, o grafite nunca foi a motivação. Nossos primeiros trabalhos eram instalações públicas”. conta Prades. Eles copiavam paisagens de quadros populares, aqueles cenários clássicos de casinha de campo na beira do rio, com cores berrantes e faziam interferências malucas sobre essa base.

Grupo= O grupo tinha como base de suas ações um contexto social vinculado a espaços públicos, sendo a arte instrumento político e a cidade seu principal suporte. O grupo acabou em 1991.

Imagem 1 Tinta e giz: o primeiro trabalho do Tupinãodá com giz em São Paulo.

Imagem 2 Sobre o lixo e a poluição visual da cidade: MAC/Museu de Arte Contemporânea de São Paulo convidou o grupo fazer a instalação.

Imagem 3 Intervenções nas ruas: vertente artística que tomava as ruas de São Paulo em meio a ditadura.