O Teatro Espontâneo
Tese: O Teatro Espontâneo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: monicaag • 4/3/2014 • Tese • 475 Palavras (2 Páginas) • 214 Visualizações
O Teatro Espontâneo
Grupo de Estudos 2008
Mônica Granndo
Como atores é essencial que ocupemos e exercitemos nossa imaginação sempre que possível. A princípio qualquer exercício físico que fazemos deveria também ser um exercício para a imaginação, em vez de ser algo exclusivo para o corpo.
Quando estamos fazendo um exercício, tendemos a pensar: “Ah, isso é só um exercício, se eu cometer um erro, não tem a menos importância.” No teatro isso é diferente, se cometermos um erro temos que ir adiante, improvisar, agir ao acaso de acordo com as circunstâncias do personagem de forma espontânea, com prontidão. Não podemos parar e recomeçar.
Já quando fazemos um exercício aqui no grupo de estudos, não deixamos o corpo solto, em desleixo. Assim a qualidade de nosso trabalho aumenta e o exercício se torna a vivência de um treinamento. Podemos errar, mas buscamos fazer como se estivéssemos em cena no teatro, deixamos que ele, o erro, nos leve a descobertas e aprimoramentos de nosso repertório.
Neste grupo de estudos temos espaço para expor nossas idéias sobre o encaminhamento dos encontros e, principalmente, podemos contribuir com nossa pesquisa de textos e vivências práticas direcionadas ao desenvolvimento dos integrantes como intérpretes – atores criadores.
Existe um exercício que permeia nossos encontros que chamamos de “exercício das Linhas”. Para que ele se desenvolva com total espontaneidade seguimos regras muito claras: podemos andar e correr seguindo linhas, parar, sentar, deitar, segurar ou abraçar alguém, deixar ser abraçado, interromper nosso percurso quando encontramos algum anteparo ou temos vontade; não podemos interpretar , andar em curvas ou círculos. O importante desse exercício (ou vivência) é que podemos deixar as coisas acontecerem, pois a cada seqüência encontramos um novo companheiro e somos surpreendidos pelas ações deste e as nossas. De tempos em tempos um dos integrantes assiste e pode criar um contexto a esses encontros deixando sua imaginação fluir.
É muito interessante notar que cada vez que mudamos de direção encontramos, ao acaso, uma pessoa ou mais e que algo novo acontece.
Ao longo das repetições deste exercício percebemos como vamos nos conectando e como nossos movimentos se tornam espontâneos, não só ao acaso ou direcionados, mas respondendo aos estímulos externos dos integrantes.
Acreditamos que este ,ou qualquer outro exercício vivenciado pelo grupo merece um tempo de duração para que este não fique apenas na superfície e sim tenha uma verticalização de seu conteúdo.
Percebemos que o ator precisa estar treinado para que através da palavra, dos fatos, das circunstâncias cênicas deixar seu corpo mais ativo para que o espectador evoque sua imaginação:
“A palavra para o ator não é simplesmente um som, mas um estimulados de imagens. Por isso no palco, na comunicação verbal não falem tanto ao ouvido, mas ao olho”
Portanto os trabalhos vocais devem ganhar espaço em nossos dias de trabalho, bem como, devemos focar a continuidade deste estudo na busca de uma teatralidade dos nossos exercícios.
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