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O gótico Regional

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Por:   •  11/3/2015  •  3.553 Palavras (15 Páginas)  •  448 Visualizações

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ARQUITETURA GÓTICA REGIONAL DO OESTE DE SANTA CATARINA

Rosangela Becker Zin

Viviane grigol Girelli

Sabrina Toffolo

Prof. Evandro de Rossi

Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI

Licenciatura em Artes Visuais (ART0165) Pratica do Modulo III

05/12/2014

RESUMO

As catedrais das cidades geralmente chamam atenção por sua beleza e grandiosidade. Representam um marco histórico e testemunho do passado, sendo o ponto central da cidade. Geralmente são construções muito antigas, com características arquitetônicas marcantes, e contam mito sobre a cultura e história da própria cidade. Tendo em vista que as catedrais de Xaxim e Xanxerê seguem o estilo gótico em sua construção, com a realização desse trabalho buscamos resgatar as origens da arquitetura gótica e sua evolução no decorrer do tempo e como ela influenciou as construções dessas catedrais.

Palavras-chave: Arquitetura; Gótico; Catedrais.

1. INTRODUÇAO

Durante o passar dos anos a maneira de viver das pessoas foi se modificando, assim também foi se aprimorando o estilo de construir. Cada vez mais se buscava majestosidade com o menor uso de materiais e de força bruta, e também a utilização de “novas tecnologias”, para tornar o que se estava construindo melhor.

Cada período foi marcado por um estilo de construção, influenciando assim em grandes monumentos históricos, que guardam até hoje o resgate dessa história. São o caso das catedrais de algumas cidades de nossa região mais precisamente Xaxim e Xanxerê, que são consideradas verdadeiras obras de arte, enriquecendo a vida dos munícipes. Em sua construção foi utilizado um estilo arquitetônico originário na Europa, que ganhou espaço no mundo todo: o estilo gótico.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. ARQUITETURA GÓTICA

Uma nova arquitetura no século XII foi ganhando espaço, denominada gótica, lembra algo como "bárbaro", isto é, um estilo do tempo dos bárbaros, quando os godos atropelavam a civilização romana. Originou-se de uma denominação utilizada pelos refinados artistas renascentistas para designar genericamente um estilo artístico que achavam de mau gosto, exótico, carregado de apelos decorativos e pelo exagero da altura das suas torres. Essa nova maneira de construir surgiu na França, por volta de 1140, com a construção da abadia de Saint-Denis, e caracteriza-se principalmente pelos arcos ogivais. Surgiu como uma evolução dos recursos técnicos do período anterior, o românico, e estendeu-se por 400 anos (de mais ou menos 1.100 até 1.500) (Proença, 2011).

A arte gótica despontou no momento em que o gênio espiritual do povo europeu se libertou das teias da autoridade romana, quando o entusiasmo popular e a fé transcendiam as divergências de papas e imperadores, para serem expressos em realizações estéticas e comunitárias (Cheney, 1995).

O gótico, assim como o romântico, caracterizou-se predominantemente por ser um estilo grandioso de construções religiosas, foi a arte por excelência das magníficas catedrais europeias (Schilling, 2005). A primeira diferença que podemos notar entre uma igreja gótica e uma românica é a fachada: enquanto, em geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais. Estes, por sua vez, dão acesso às três naves centrais do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais (Proença, 2011).

Enquanto a Arte Românica tem um caráter religioso tomando os mosteiros como referência, a Arte Gótica reflete o desenvolvimento das cidades. Porém deve-se entender o desenvolvimento da época ainda preso à religiosidade, que nesse período se transforma com a escolástica, contribuindo para o desenvolvimento racional das ciências, tendo Deus como elemento supremo. Dessa maneira percebe uma renovação das formas, caracterizada pela verticalidade e por maior exatidão em seus traços, porém com o objetivo de expressar a harmonia divina (Proença, 2011).

O que tornou possível a catedral gótica foram dois desenvolvimentos da engenharia: abóbada com traves e suportes externos chamados arcobotantes, ou contrafortes. A aplicação desses pontos de apoio nos locais necessários permitiu trocar as paredes grossas com janelas estreitas por paredes estreitas com janelas enormes com vitrais inundando de luz o interior. As catedrais góticas não conheceram a idade das trevas. Sua evolução foi uma continua expansão de luz, até que as paredes se tornaram tão perfuradas que ficaram verdadeiros pinázios emoldurando os imensos campos de vitrais coloridos que contam historias religiosas (Strickland, 1999).

Além das paredes serem feitas em treliça, a verticalidade caracteriza a arquitetura gótica. Os construtores usavam o arco pontudo, que aumenta tanto a ilusão quanto a realidade da altura. Os arquitetos competiam entre si para realizar as mais altas naves (Strickland, 1999).

No estilo gótico, as estruturas das construções são mais leves, formadas por vãos mais amplos, cujo objetivo é conseguir uma maior luminosidade no interior das edificações, auxiliada pela utilização de janelas delicadamente trabalhadas e de vitrais em forma de rosáceas (Strickland, 1999).

Esta concepção arquitetônica apresenta abóbadas amplas e altas que descarregavam o seu peso através de cordões, nervuras e feixes em pontos internos e definidos; eram sustentadas por pilastras ou colunas. Os arcobotantes e contrafortes eram responsáveis pela manutenção do equilíbrio da construção, procurando compensar o peso desmedido das abóbadas. Estes aspectos constituem as características principais de uma arquitetura considerada pura (Rocha, 2014).

A nave central era merecedora de grande atenção entre os planejadores destas construções, pois quanto maior a altura desta, mais intensa seria a luz interior que, combinada aos vitrais conferia iluminação uniforme a todo o ambiente. Os idealizadores das catedrais entendiam a luz como elemento místico. Desejosos em propiciar caráter divino às construções, os mestres-de-obras não tardaram em buscar incessantemente a substituição das paredes por vitrais (Damasceno, 2006).

As catedrais góticas eram um símbolo tão importante de orgulho cívico que o pior insulto para a cidade era um invasor pôr abaixo a torre da catedral.

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