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O palestrante Mauricio Sabadini

Resenha: O palestrante Mauricio Sabadini. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/8/2013  •  Resenha  •  423 Palavras (2 Páginas)  •  254 Visualizações

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O palestrante Mauricio Sabadini tenta explicar o momento atual do capitalismo contemporâneo à luz do momento atual das manifestações no Brasil. Ele parte do raciocínio de que o movimento é diferenciado, de que a crise é capitalista e se manifesta na esfera financeira, mas não é do setor financeiro.

Pare ele, a crise do capital se deu e se dá pela intensificação das forças produtivas e concomitantemente por conta da queda na taxa de lucros na economia brasileira e mundial, que só não foi maior por causa das contra tendências.

Mauricio coloca ainda que o momento de total especulação vivido hoje por conta do capital, começou com a expansão do capitalismo até os anos 70 e a recessão em meados da mesma década, culminando com a grande dívida nos anos 80 e o posterior momento das políticas neoliberais.

Tudo isso trouxe à tona a internacionalização do mercado, por conta do excesso de capital monetário. Daí surge a chamada globalização, onde a taxa de juros elevada não eleva o desenvolvimento econômico.

O crescimento do capital fictício leva à crise: não há leis econômicas precisas e sim tendências. A crise não é passageira e não acaba, e a base da mesma é o crescimento da especulação financeira, pois a mesma possui autonomia relativa em relação à escala de produção, sendo a força de trabalho, ainda, a base da produção.

A palestrante Bianca explica a dinâmica capitalista versus a realidade brasileira e diz que as teorias do desenvolvimento tomam a dinâmica capitalista como um dado, e por outro lado oferecem instrumentos úteis à lógica.

A palestrante Michelly diz que no capitalismo o trabalho está submetido ao capital: a hegemonia não se sustenta só pela produção econômica. Existe uma luta de classes em curso e em processo desigual, assim como há contradições no processo dessas lutas que têm caráter revolucionário, sindical e por direitos.

Ela diz ainda que, mesmo ante a desigualdade e democracia restrita, sempre existiu e existe luta no Brasil, e temos experiências históricas valorosas que denotam isso.

Ela termina o seu discurso dizendo que ter consciência de classe não significa mudar a sociedade, pois as massas precisam vivenciar sua experiência.

A Roberta termina o ciclo de exposições, mostrando que é do modo de ser do capital anunciar a violência. Sempre que alguém se movimenta para levantar a violência contra o trabalho, o capital se levanta para mostrar violências ilegítimas.

É através da militarização da vida que percebemos o quanto ainda estamos individualizados enquanto classe, pois a democracia burguesa visa apenas direitos individuais.

Só será possível discutir democracia quando o governo for da classe trabalhadora.

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