O que leva o rock nacional a ser desvalorizado no mercado musical brasileiro em 2021?
Por: Adson Cao • 2/4/2022 • Projeto de pesquisa • 944 Palavras (4 Páginas) • 119 Visualizações
Pergunta:
O que leva o rock nacional a ser desvalorizado no mercado musical brasileiro em 2021?
Justificativa:
O presente trabalho se justifica pelo baixo número de músicas e artistas do gênero rock presentes na grande mídia brasileira desde o fim dos anos 2000, por interesse pessoal do pesquisador e pelo pouco que se fala em relação a isso.
Neste trabalho teremos como benefícios uma compreensão maior sobre o mercado musical brasileiro atual e uma comparação com o mesmo uma década atrás.
Para a pesquisa se realizar, será analisado o contexto histórico de ambas as épocas musicais no país, e o como o mercado da musica se moldou durante a década para que o rock nacional tenha sumido das grandes rádios.
Objetivo Geral:
Compreender o que aconteceu com a cena do rock nacional na última década para que tenha perdido espaço na mídia.
Objetivos Específicos:
- Estimar o momento de virada do cenário musical brasileiro.
- Analisar como os artistas do gênero rock se adaptaram a mudança no mercado.
- Identificar se a queda do gênero ocorreu por preferência do público ou por falta de evolução dos artistas.
Revisão de Literatura:
A última grande onda de relevância do rock nacional ocorreu nos anos 2000, em uma época de renovações na indústria do gênero, tanto no cenário nacional, quanto no internacional. Fora do Brasil nascia o gênero do nu-metal, que era liderado por bandas como Linkin Park e Slipknot, aqui no Brasil temos Sepultura como exemplo. Porém o pop punk e emocore seriam os ritmos a fazer mais sucesso por aqui, bandas como Fresno, CPM-22, NX Zero e mais futuramente Restart foram as que tiveram maior escala de sucesso nas rádios da época.
Não produzimos nada novo depois da fase emocore da primeira década desse século XXI, isso é verdade. E a representatividade comercial do rock parece em um declínio irreversível. (MARCONDES, 2021)
Durante as décadas, as vertentes do rock foram aparecendo no Brasil. Nos anos 70, foi a era em que o punk se consagrou (Restos de Nada, Cólera e Inocentes), nos anos 80 já existira uma mistura entre rock e pop (Legião Urbana, Capital Inicial e Titãs), nos anos 90 a fusão de estilos que daria início futuramente aos gêneros citados no parágrafo acima (Charlie Brown Jr, Mamonas Assassinas e Jota Quest). A última onda, que aconteceu nos anos 2000, e depois o sumiço do gênero na grande mídia.
No Brasil o panorama é ainda mais grave. Os sintomas da agonia são assustadores, como os dezenove anos que separam a última vez que uma banda liderou as vendas de discos em um ano, o Mamonas Assassinas, em 1995. Além disso, desde 2007 um grupo não emplaca uma das cinco músicas mais executadas nas rádios. Os principais rivais, por aqui, são o funk, o sertanejo e o pop, que dominam as rádios, e a música gospel, primeiro lugar em vendas de discos por cinco vezes nos últimos oito anos. (COSTA, 2014)
Muitas bandas acabaram se separando ou fazendo uma pausa longa, outras bandas surgiram, mas nunca tiveram o sucesso imaginado e que era comum em épocas passadas, porém, existem as bandas que ainda tentaram sobreviver e recuperar o cominho da glória do rock nacional, o grupo mais relevante dos últimos anos tem sido a banda Fresno. A mesma, teve grandes mudanças em sua sonoridade, adaptando-se ao que o mercado musical oferece na atual década e assim conseguindo aos poucos subir e recuperar a relevância do gênero depois de anos onde parecia pouco provável o renascimento do estilo.
Se no final da primeira década dos anos 2000, o cenário era favorável para esta ascensão do rock brasileiro, amparado pelo resgate do garage rock promovido por The Strokes lá em Nova York, uns dez anos antes, os anos 2019, 2020 e 2021 mostram a indústria fonográfica como um deserto de ideias criativas com os pequenos oásis de água potável sendo sugados cada vez mais rápidos. (ANTUNES, 2021).
- MARCONDES, João. O que aconteceu com o Rock no Brasil? Souza Lima Blog, 25 de junho, 2021. Disponível em: https://souzalima.com.br/blog/o-que-aconteceu-com-o-rock-no-brasil/
- COSTA, Rafael. O rock morreu — e desta vez não há engano. VEJA, 12 de outubro, 2014. Disponível em: https://veja.abril.com.br/cultura/o-rock-morreu-e-desta-vez-nao-ha-engano/
- ANTUNES, Pedro. Fresno 'sobreviveu à custa de muita terapia'. E alcançaram o topo de novo. UOL, 5 de novembro, 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/splash/colunas/pedro-antunes/2021/11/05/fresno-sobreviveu-a-custa-de-muita-terapia-ainda-bem.htm
Metodologia:
Esta será uma pesquisa quali-quantitativa, de levantamento bibliográfico e exploratória. Sendo assim, uma pesquisa que pretende coletar dados através da análise de documentos históricos e atuais relacionados ao tema, e assim, usar o que for coletado para responder à pergunta inicial e se realmente houve uma desvalorização no gênero musical rock na última década ou se esse estilo se misturou e se renovou com o passar dos anos. As analises deverão ser feitas tanto com números de mídias antigas, como os da rádio e venda de discos, quanto com números das mídias atuais, como os de streaming em serviços como Spotify, Deezer e Apple Music, e de visualizações no YouTube.
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