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Os movimentos transformadores da arte "ismos"

Por:   •  13/6/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.444 Palavras (6 Páginas)  •  2.190 Visualizações

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Os movimentos transformadores da arte: os “ismos”

Entre as principais mudanças ocorridas no campo das artes no início do século 20 surgem as denominadasvanguardas artísticas. A denominação de vanguarda deve-se ao caráter ideológico e político do período pré-guerra e entre-guerras, ao longo do qual as mudanças sociais foram bastante acentuadas (por exemplo a Revolução bolchevique na Rússia em 1917) e às quais as artes não ficaram alheias. Os artistas pretendiam e entendiam que as transformações sociais seriam possíveis a partir da arte, que, neste sentido, deteria papel civilizatório. O caráter urbano e industrial da vida cotidiana alimentou as temáticas predominantes no qual a máquina tem papel fundamental: sua velocidade, a energia, o tema da reprodução em série e a própria guerra constituíram assuntos recorrentes nas obras dos artistas. A natureza entendida agora como artificial é o novo mundo com o qual a arte presta contas em seu caminho rumo à abstração.

Expressionismo

O Expressionismo desenvolveu-se na Europa entre o final do século 19 e o início do século 20. Os artistas que tomaram parte nesse movimento privilegiavam os aspectos internos do processo de produção artística, em detrimento de suas manifestações exteriores. Por esse motivo, conferiam às suas obras uma forte carga de subjetividade, tornando-as expressão direta dos seus universos interiores.

Embora tenha se manifestado em diferentes campos das artes, foi na pintura que teve início o movimento expressionista, tendo constituído, ao lado do fauvismo, o iniciador das vanguardas históricas. Ademais, devido às suas próprias características, que conduziam a uma supervalorização da individualidade artística, o Expressionismo caracterizou-se por uma certa heterogeneidade de estilos, tendo sido, por isso mesmo, sobretudo, uma postura diante da arte que congregou diferentes artistas, de características intelectuais diversas.

Há ainda que observar que o Expressionismo originou-se em contraposição ao Impressionismo, em particular contra as suas tendências naturalistas e positivistas. Por essa razão, conforme indicado anteriormente, os expressionistas privilegiavam a intuição e o personalismo, enfatizando a interioridade de cada artista. Noutros termos, o Expressionismo deforma o real a fim de explicitar a subjetividade do artista e da própria natureza, privilegiando a manifestação dos sentimentos e não a descrição objetiva da realidade.

Cubismo

A arte cubista teve início em 1907 e influenciou diferentes gerações de artistas no transcorrer das primeiras décadas do século 20. Influenciados, entre outros fatores, pela obra de Paul Cézanne, os iniciadores do Cubismo, Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963) contribuíram de forma decisiva para uma das mudanças mais significativas ocorridas na arte Ocidental. Efetivamente, o Cubismo rompeu com os padrões de representação artística do real ao empregar, predominantemente, figuras geométricas que representavam seres e objetos em todas as suas partes em um único plano, sem preocupação com perspectiva ou tridimensionalidade. Assim, nas obras cubistas, representar o mundo não mais significava apresentá-lo conforme a sua aparência real, conforme vista a olho nu. A realidade se via simplificada, nos quadros do Cubismo, às formas geométricas: triângulos, losangos, trapézios, cubos, etc.

Futurismo

Contrários a toda a tendência moralista e passadista, os futuristas foram artistas que enalteceram, em suas obras, as conquistas tecnológicas do início do século 20 e as mudanças velozes que estas imprimiam na sociedade européia da época, tendo também exaltado, nos inícios do movimento, a própria guerra e a violência. Em decorrência de seu apreço pela novidade, propunham inclusive a destruição dos museus e das antigas cidades. Presente nas Artes plásticas e na Literatura, o Futurismo foi inaugurado com a redação do Manifesto Futurista, de autoria do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944). Esse texto foi publicado pelo jornal francês Le Figaro em sua edição do dia 20 de fevereiro de 1909. Devido ao seu caráter agressivo, o Futurismo repercutiu internacionalmente, tendo influenciado artistas modernistas de outros continentes.

Principais características do Futurismo:

• Enaltecimento da indústria e das novas tecnologias;

• Aceitação da propaganda como mais importante meio de comunicação;

• Emprego de onomatopéias (palavras que expressam ruídos, barulhos, sons diversos) nos poemas;

• Utilização de frases fragmentadas na poesia, visando significar velocidade;

• Na pintura, adoção de cores fortes, vivazes, com fortes contrastes, além da sobreposição de imagens e algumas distorções, a fim de representar o dinamismo do movimento;

• Os pintores futuristas não buscavam representar objetos (um carro, por exemplo), mas significar, em suas obras, a forma plástica das direções e da velocidade dos movimentos descritos pelos objetos no espaço.

Dadaísmo

Constituiu o Dadaísmo (ou simplesmente Dadá) um movimento artístico de vanguarda que se iniciou no Cabaret Voltaire, localizado na cidade de Zurique, capital da Suiça, no ano de 1916. A liderança do mesmo coube ao escritor alemão Hugo Ball (1886-1927) – autor do Manifesto Dada, publicado em 1916, ao poeta romeno Tristan Tzara (1896-1963) e ao pintor e poeta alemão Hans Arp (1886-1966). O emprego da palavra Dada para representar o movimento visa indicar o caráter anti-racionalista do mesmo, uma vez que o termo parece não ter um significado, pois se trata de uma palavra que lembra o balbuciar de um bebê humano, como a indicar que a

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