Problemas artísticos - uma bela percepção estética e criatividade artística
Resenha: Problemas artísticos - uma bela percepção estética e criatividade artística. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: elvismelo • 24/2/2015 • Resenha • 1.077 Palavras (5 Páginas) • 225 Visualizações
COSTA, Cristina. Questões de Arte – o belo, a percepção estética e o fazer artístico. 2ª. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
Resenhado por: Deuzinéia Campana[1]
Cristina Costa é Doutora em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Livre-Docente em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Professora de Estética dos meios de Comunicação.
O livro Questões de Arte – o belo, a percepção estética e o fazer artístico trata da arte demonstrando como ela está ligada à nossa maneira de ver o mundo, de como vivê-lo e compartilhá-lo, tendo sempre a preocupação de levantar questões que tomem essa maravilhosa capacidade humana mais acessível e próxima de todos nós. Neste contexto cita a sociologia da arte, que vai estudar instâncias da arte junto à sociedade como a religião, classes sociais e poder. A presente obra não se destina apenas ao estudo da expressão artística e da história da arte, mas a uma ampla área interdisciplinar que envolve também a ciência, a política, a indústria e a tecnologia. A autora também realizou pesquisas artísticas em que teve a figura da mulher como tema. A fenomenologia
da arte é citada como a expressão do imaginário de forma ímpar.
A autora prisma a imaginação do leitor com apresentação de conceitos de arte, para isso utilizou-se como método uma vasta pesquisa bibliográfica com autores, artistas, pintores, entre outros, bem como, sua experiência profissional referenciando aos movimentos artísticos fazendo com que desperte a aproximação aos objetos estéticos, estimulando assim, a uma análise crítica e a sensibilidade do leitor.
A obra contribui com tudo que o mundo pode nos oferecer de interessante, a beleza, que é seguramente a qualidade mais emocionante e que encanta. Constitui de significados e símbolos estéticos que possibilitam a expressão de “n” mensagens que trazemos dentro de nós. Pois, segundo a autora, o prazer do belo envolve analisar, apreciar e fruir de um momento como ouvir música, assistir a uma peça de teatro ou parar diante de algo que agrade aos olhos, desse modo, trata-se da sensação de perfeição, a qual se busca atingir a sensibilidade humana. A autora discorre ainda sobre a distinção entre o belo e bonito, sendo que deduz do ideal de beleza grega, em que as composições deveriam ser as mais próximas possíveis da simetria, harmonia e proporcionalidade e que dentro de uma ideologia “helênica” tornou-se um padrão para todos os movimentos a partir de então.
Pode-se dizer que a arte se opõe ao mergulho
no individualismo egoísta trabalhando com o incrível paradoxo de que tendo suas raízes na subjetividade e na interioridade em só se realizar em comunicação com o outro e com o mundo. A cada emoção ou prazer que resulta do contato com o belo, nossos sentidos se renovam e se apuram num processo infindável de recriação e, a cada momento de arte nos tornamos mais aptos à captação da beleza e de seus significados. No entanto, A autora lança uma discussão: a arte deve ou não representar o real? Na argumentação a mesma cita a perspectiva do que pode ou não ser cópia de real e outras vertentes que representam a dualidade do real versus fantasioso, como o Futurismo, o Impressionismo, o Simbolismo e o Surrealismo e, cita o Abstracionismo que procurava representar a arte figurativamente, ou seja, apenas utilizando formatos da natureza, como linhas, espaços e cores, até a arte ganhar o adendo tecnológico.
Chama-nos atenção à manifestação artística com o surgimento da comunicação com a tecnologia e a estética que através de seus recursos mecânicos são aproveitados para expressar a arte. E, como conseqüência direta do sucesso de imagens eletrônicas da televisão e da produção de câmeras portáteis e que se colocava nas mãos de jovens artistas meios de gravação e som. Isso se deve a revolução tecnológica do século XX no campo artístico que culminou também
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