Relativismo cultural
Resenha: Relativismo cultural. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jeehwan • 2/11/2014 • Resenha • 336 Palavras (2 Páginas) • 420 Visualizações
O relativismo cultural - é um método de se observar sistemas culturais, sem uma visão etnocêntrica da sociedade vigente, ou seja, realizar a observação sem usar nenhum meio ou parâmetro pré concebido pela cultura ocidental e, assim, realizar um estudo e/ou observação do sistema cultural sem nenhum pré conceito. Com isso, realizar a avaliação sem privilegiar os valores de um só ponto de vista, e estruturar o corpo social a partir de suas próprias características. Adquirem, assim, seus próprios sistemas de valores e sua própria integridade cultural.
Boas desenvolve o método, tendo por base o relativismo cultural em contra posição às ideias evolucionistas vigentes de sua época. Crítica arduamente o método desenvolvido por autores como Morgan, que consiste em elucidar a evolução de todos os processos culturais em razão da sociedade mais evoluída, nesse caso a sociedade Européia. Ou seja, todas as culturas estariam em um estado, em menor ou maior grau, de aproximação do que seria a sociedade mais evoluída, e com isso criando o método comparativo que permeia as justificativas do evolucionismo, onde pode-se citar Darwin como progenitor desse conceito através das ciências biológicas. Boas, debate de forma concreta e lógica o Evolucionismo com suas idéias relativas, provando que as sociedades precisam ser estudadas através de seus próprios conceitos, e assim destrói o discurso evolucionista vigente até então.
Antes, as ideias de F. Boas parecem coincidir com os postulados de Albert Einstein em sua teoria da relatividade. Para Einstein, baseando-se em Galileu, dois observadores podem observar o mesmo fenômeno de formas distintas. O que não significa relativismo absoluto, mas que simplesmente nos convida a procurar formas de diálogo. Na física é a velocidade da luz que permite tal intercâmbio de perspectivas; já nas ciências sociais, tal possibilidade de troca seria ainda mais complexa,mas não inexistente, como reflete a noção boasiana de Herzenbildung (a cultura do coração), que envolve a vontade e a capacidade que os indivíduos em suas culturas tem de conferir oportunidade aos outros. Especialmente oportunidades concernentes a abrigo, comida e outras necessidades básicas.
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