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Resenha: O livro - O que é arte, de Jorge Coli, inicia a sua problemática afirmando que arte é algo indefinido

Por:   •  9/11/2017  •  Resenha  •  789 Palavras (4 Páginas)  •  1.449 Visualizações

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O livro O que é arte, de Jorge Coli, inicia a sua problemática afirmando que arte é algo indefinido. Segundo o autor, arte são certas manifestações da atividade humana, sendo moldadas pela nossa cultura, envolvendo o discurso, o local, as atitudes de admiração, etc. Portanto, as noções da própria arte são conceitos específicos da nossa cultura.

Com isso, surgem conceitos e maneiras criados a partir da cultura que servem para definir, por exemplo, o que são obras de arte, através de lugares como museus, críticos e instituições que estabelecem os parâmetros para definir o que é arte e obras primas. No entanto, é muito difícil chegar a uma uniformidade do que é arte ou não, já que as definições irão variar de acordo com os gostos e parâmetros de cada crítico.

Sendo assim, o discurso muda ao longo da história, pois os parâmetros são variáveis, mudando a partir de conceitos atribuídos em cada época pela sociedade. Como exemplo, Coli afirma que para se definir arte por volta do século XIV, a obra produzida deveria ser apresentada à outros mestres, para que estes avaliassem se ela era perfeita, ou não, a partir dos domínios de todas as técnicas demonstradas pelo autor.

Ao longo do livro, Coli traz problematizações acerca da arte, tentando buscar soluções para o problema da dificuldade de definir o que é arte. Ele afirma que mesmo sem possuirmos uma definição clara e lógica sobre o que é arte, qualquer pessoa com algum contato com a cultura chega a identificar alguma obra de arte.

Assim, partindo dos valores culturais de cada sociedade, esta consegue estabelecer qual obra é mais arte que outra, no entanto Coli questiona este posicionamento, argumentando que não acredita que existam objetos que sejam menos ou mais arte que outros.

Coli estabelece também o museu como algo imaginário, ou seja, criamos a ideia de transcendência cultural e história da arte. A arte “para nós”, como o autor coloca, é a capacidade do ser humano de recuperar o número infinito de objetos. A sobrevivência da arte acontece quando as dispomos, por exemplo, em museus, cinemas e biblioteca para se ter um acesso mais facilmente, porém há obras que se perdem no tempo, por que, segundo o autor, foram construídos na efemeridade.

Coli ressalta também das categorizações das obras, ele critica que até que seja etiquetada o estilo de tal autor, não haverá tranquilidade. Esta necessidade de terem categorias e classificações para cada obra não satisfaz a complexidade e natureza das obras, sendo muito rasa para abranger a uma infinidade de artes.

O que difere uma obra de um objeto funcional? Coli irá abordar essas questões destrinchando, por exemplo, o que difere uma obra consagrada de uma colher de pau. A arte não possui uma existência necessária, ao contrário de uma colher de pau, que é utilitária. No entanto, mesmo sendo um item, isso não faz com que ela não possa vir a ser uma arte. Como dito por Coli, alguns objetos perdem sua função utilitária, e “artística” a colher de pau deixa de fazer sabão, não fazendo mais parte de um sistema racional de utilidade.

O autor falará também sobre as classificações artísticas dadas a obras e artistas. Como dito pelo autor, as classificações não são instrumentos científicos, elas não são exatas nem partem de definições e que agrupam obras ou artistas por razões muito diferentes,

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