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Romantismo

Por:   •  23/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  787 Palavras (4 Páginas)  •  238 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Escola de Belas Artes

Departamento de História e Teoria da Arte

Arte Absoluta e o Espírito Humano

Curso: História da Arte

Disciplina: Estética 2/ 2014.1

Professor: João Torres

Alunas: Andrea Peil e Bárbara Mozzer

O Romantismo foi um período histórico marcado por significativas mudanças politicas no panorama Europeu do século XVIII. Nesse período podemos atribuir um sentimento de profunda agitação, ânsia ou aflição existencial que permeou os movimentos artísticos, políticos e filosóficos. Dois exemplos significativos são a reforma protestante de Lutero que questionava a crença religiosa de séculos anteriores e a Revolução Francesa que exigia um estado igualitário e a queda do poder absolutista do estado aristocrático.

Os principais expoentes do pensamento Romântico foram Immanuel Kant (1724- 1804) e Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831). Ambos aportaram pensamentos significantes no campo da filosofia e da arte, mas divergiram em suas teorias.

Kant desmembra a faculdade humana em pensar e sentir. O sujeito é o ser pensante e o objeto é o ser pensado. Temos a capacidade de perceber sensorialmente o mundo e ao mesmo tempo entender intelectualmente o que sentimos. Ou seja, podemos perceber o mundo sensível e o inteligível como faculdades separadas. Hegel apresenta uma teoria conciliadora entre o sensível e o intelecto através da ideia de que o compreender o real é torna-lo inteligível. Dessa forma os conceitos coexistem. O homem percebe o mundo ao seu redor pelo sensível e o entende pelo intelecto.

O período do Romantismo tem como principal elemento transformador a racionalidade e o indivíduo como um ser autônomo pensante, capaz de repensar e criticar sua história. Dessa forma a arte ganha um foco na sensibilidade e nas questões do indivíduo em quanto ser centralizado e ocupante da realidade ao seu redor. A atitude em relação ao mundo muda e este passa a ser repensado. Foi um período marcado pela Razão que desencadeou um processo de esclarecimento das faculdades humanas. Na arte os autores passam a estar cada vez mais voltados para si e aos dramas do indivíduo e encontram no sentimento trágico dos descontentamentos humanos o combustível para sua expressão. Um sentimento de constante busca abnegada por experiências e vivencias de amor profundo e a plenitude dos conceitos filosóficos se tornam recorrentes nas obras de arte. Nasce o conceito de Arte Absoluta com base na faculdade do pensamento humano ser ilimitado ao homem. Dessa maneira o intelecto jamais poderia ter fim, assim como a criatividade. Nada poderia mais dar fim a aventura do ser de explorar sua faculdade intelectual e assim repensar conceitos. Estavam abertas as possibilidades de critica.

Passa a entender-se que o ser é sempre atravessado por questões do mundo exterior e interior. Uma profusão que levaria a arte a ser reflexiva, mais conceitual do que materialista. Os românticos entende que a arte não é apenas contemplativa, ou seja, para agradar os sentidos e sim reflexiva para explorar e levar a conclusão de ideias e pensamentos abstratos. A arte tem a habilidade de levar o ser a pensar, já que este é dotado de intelecto. A arte materializa o sensível no inteligível. Os sentimentos e pensamentos ganham na forma sua matéria, seu corpo.

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