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Semana de Arte Moderna de 22

Por:   •  27/3/2019  •  Resenha  •  1.905 Palavras (8 Páginas)  •  244 Visualizações

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2.1 Semana de Arte Moderna de 22.

O mundo passa por uma série de transformações culturais no início do século XX, expressionismo, cubismo, futurismo. Os movimentos artísticos de vanguarda conquistam a Europa e começam a ser divulgados no Brasil.

Os primeiros ecos da arte moderna chegam com as exposições de Lasar Seggal, em 1913 e de Anita Malfatti, em 1917. Ambas incompreendidas pelo público e pela crítica. Um artigo do escritor Monteiro Lobato arrasa a pintora de tal forma que vários de seus quadros já vendidos são devolvidos.

O impacto causado pelo Modernismo pode ser explicado pela sua oposição aos padrões clássicos e acadêmicos de ser fazer arte.

Para reagi ao que chamavam de Passadismo, o jornalista Oswald de Andrade e o escritor Mário de Andrade reúnem artistas intelectuais da época e organizam,em 1922, a Semana de Arte Moderna.

O teatro municipal de São Paulo é o palco dos acontecimentos. Durante três dias: poesia, pintura, escultura e música chocam a tradicional sociedade paulista. Artistas como, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e o escritor Vitor Brecheret, expõem suas obras nas galerias do teatro enquanto Oswald e Mário de Andrade são vaiados em cena após uma palestra do escritor Menotti Del Picchia.

A semana, entretanto, não é o auge, mas o ponto de partida do Modernismo Brasileiro que logo passa a contar a colaboração marcante da pintora Tarsila do Amaral.

Só a antropofagia nos une, socialmente, economicamente e filosoficamente. O manifesto antropofágico de Oswald de Andrade é possivelmente o desdobramento mais interessante do Modernismo ao propor que a nossa cultura devore criticamente as influências externas e redescubra a realidade brasileira.

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2.2 Di Cavalcanti.

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, ruralista e caricaturista do Brasil.

Ele nasceu em 6 de setembro de 1897 no Rio de Janeiro. Desde jovem demonstrou pela pintura, tendo aulas com artista Gaspar Puga Garcia.

Em 1914 começa a trabalhar como caricaturista para a revista Fon-Fon.

Em 1916 Di Cavalcanti vai para São Paulo para cursar faculdade de direito, lá ele começou a pintar sob influência da arte nouveau.

Di freqüentou o ateliê do George Fischer Elpons e se tornou amigo dos irmãos Mário e Oswald de Andrade chegando a mostrar e fazer a capa de alguns livros dos irmãos.

No ano de 1922, organizou a Semana de Arte Moderna no teatro de São Paulo, expõe 11 obras e elaborou a capa do catálogo.

No ano seguinte, viajou pela primeira vez a Europa ficando em Paris até 1925, lá conheceu figuras importantes como Pablo Picasso e Henri Matisse.

Em 1926 retorna ao Brasil ingressando no partido comunista brasileiro, o PCB.

Em 1932, em São Paulo, funda o clube dos artistas modernos, com Flávio de Carvalho, Antônio Gomide e Carlos Prado. Neste mesmo ano foi preso durante a Revolução Constitucionalista, quando liberto casou-se com a pintora Noêmia Mourão. No ano seguinte publica o álbum ‘A Realidade Brasileira’, série de desenhos onde ele critica a sociedade brasileira da época.

De 1936 a 1940 viveu na Europa novamente trabalhando para uma rádio francesa Diffusion Française. A década de 1940 marca para ele o reconhecimento de suas obras para os brasileiros no cenário da arte moderna.

Em 1953 foi premiado junto com o pintor Alfredo Volpi como melhor pintor nacional de São Paulo.

Em 1955 publicou um livro com as suas memórias chamado: “Viagem de Minha Vida”.

No dia 26 de outubro de 1976 Di Cavalcanti morre na cidade do Rio de Janeiro.

Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo europeu, o cubismo e o estilo dos moralistas mexicanos como Diego Rivera. Suas imagens abordavam temas tipicamente brasileiros como samba e era retratado em cenário brasileiro como praias.

Os temas sociais do Brasil, as festas regionais e populares, os protestos sociais operários, as favelas, por exemplo, são sempre encontrados em suas obras.

Sua estética abordava a sexualidade tropical com ênfase em temas femininos.

2.2.1 Obras de Di Cavalcanti

• Pierrete – 1922

• Retrato de Baby de Almeida - 1924

• Samba – 1925

• Mangue - 1929

• Cinco Moças de Guaratinguetá – 1930

• Peixe na Água - 1933

• Família na Praia – 1935

• Vênus – 1938

• Ciganos - 1940

• Abigail – 1947

• Mulher de Véu – 1954

• Venezia - 1956

• Tempos Modernos – 1961

• Músicos - 1963

• Duas Mulatas – 1964

• O Homem e a Máquina – 1966

• Mulata com Pássaro - 1967

• Baile Popular – 1972

2.3 Anita Malfatti

Nascida em 1889, Anita mudou-se para Berlim em 1910 e lá se matriculou na Academia Real de Artes. Após passagem nos Estados Unidos, a arte de Malfatti ganhou reconhecimento e retorna ao Brasil em 1917

Anita foi uma mulher de vanguarda à frente do seu tempo. Suas obras eram inovadoras e retratavam, principalmente, personagens marginalizadas.

Em 1917, a polêmica exposição, um marco na arte moderna, estopim da Semana de 22.

Bombardeada por inúmeras críticas, Anita caiu em depressão e recuou em sua produção artística. Sua obra foi duramente

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