Teatro: Raquel

Raquel era sozinha, sua família nunca dava atenção à ela. Vinha de uma família pouco abonada. Para sustentar suas vontades guardava em seus pensamentos três grandes desejos: ser escritora, ser menino e ser gente grande.

Raquel – (Leitura da carta).

Irmão – Huuuum, quem é André?

Raquel – Meu amigo imaginário ué. Sai daqui!

Irmão – E porque acreditaria nisso?

Raquel -- Ué, você não tem que acreditar em nada, é coisa minha.

Irmão – E porque menino em vez de menina?

Raquel – Aaaaah, porque pra vocês meninos, é tudo mais fácil.

Irmão – Meu deus menina, você tem problema. E se eu pegar você mandando carta mais vezes para esse menino, vou contar para o papai.

Raquel – Ah! Não aguento mais, preciso dormir!

No outro dia.

Raquel -- Não aguento mais não ter ninguém para conversar. Hum e se eu criasse uma amiga?

E então Raquel começou a escrever para Lorelai, sua amiga imaginária.

Raquel – (Le sua carta para Lorelai).

(A narradora joga pela janela, a carta de Lorelai, a qual dizia “Foge e pronto!”).

Irmão – Raquel estou indo no cinema quer ir também?

(Raquel sai correndo – sai do auditório).

Irmã – Hahahaha, agora vou descobrir o que essa danadinha anda aprontando.

Sua irmã começa a fuçar nas coisas da Raquel.

Irmã – O que é isso?

(Le a carta em voz alta e sai correndo)

Irmã – Mãaaaaae.

Quando Raquel chega em casa, todos estão contra ela, pois eles descobrem que ela queria fugir.

Raquel – (Chora) Não aguento mais essa vida de escritora, nunca da certo.

Mais eu poderia escrever um romance.

E assim, Raquel começa seu romance de um galo.

Raquel – (Lê o romance do galo para o público).

Irmão – Olha o que eu tenho aqui para pessoal!

(Todos saem correndo).

Mãe – Eba! É o pacote da Tia Brunilda.

Irmã – Abre, abre! Quero ver se veio coisas para mim.

Mãe – Nossa, que colar lindo!

Irmão – Vê se veio alguma camisa do Tio Júlio para mim.

Irmã – Que sapato bonito, acho que é meu número.

Raquel – Eu fico boba de ver como a Tia Brunilda compra roupa. Compra e enjoa. Se ela enjoa tão de pressa, porque compra tanta roupa então?

Nunca sobrou nada para Raquel, mais desta vez, tinha sobrado.

Mãe