Trabalho Sobre o Filme Aurora (Afetação Através dos Gestos)
Por: Camila Lessa • 20/6/2016 • Resenha • 324 Palavras (2 Páginas) • 306 Visualizações
Psicologia Contemporânea
Psicologia/ 2º Período
Trabalho sobre o filme Aurora
O corpo fala
A tecnologia invadiu todos os campos da vida, sendo utilizada tanto para otimizar as tarefas do dia-a-dia quanto nas formas de lazer. Uma das formas de entretenimento mais comum atualmente são os filmes, que viraram superproduções elaboradas em que são gastos milhões para criarem efeitos visuais e de alguma forma tentar impactar o telespectador. Em meio a essa modernidade, o simples pode ser muitas vezes considerado ultrapassado.
Ao assistir o filme “Aurora”, de 1927, um filme mudo, em preto e branco e sem se utilizar de nenhum grande efeito visual, vemos uma perspectiva oposta. É fascinante como as emoções são apresentadas pelos personagens e como o telespectador se vê abraçado pela história. As situações não são verbalizadas, portanto o enredo é acompanhado pela dimensão dos gestos e expressões, que de forma pura demonstram os sentimentos e envolvem tanto quem assiste a ponto deste verdadeiramente sentir alegria nos momentos de felicidade e ansiedade e angústia nos momentos tristes. Explorar essa dimensão do gesto é uma riqueza muito grande, pois quando nos utilizamos somente da fala algo sempre se perde, não podemos transmitir cem por cento algo sentido por meras palavras. O filme ao se utilizar dessa perspectiva estética que vai muito além da palavra se faz muito claro, com sua história bem nítida e com uma capacidade incrível de produzir afetação.
Em comparação com os filmes atuais, vemos como estes apelam para atingir a subjetividade das pessoas, tentando prender a atenção a todo o custo com o uso de artifícios como efeitos, explosões, cenas de sexo, apresentação incessante de objetos do desejo (carros luxuosos, roupas de marca, etc.). Enquanto um filme mudo, na sua simplicidade, envolve e imprime em quem o assiste sua marca. Ele não precisa de vozes, ou de efeitos, pois o próprio corpo fala.
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