UMA IDEIA E MUITO TRABALHO: CONSTRUINDO VANTAGENS COMPETITIVAS ATRAVÉS DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS EM HOSPITALIDADE.
Por: Bruno da Silva Cruz • 1/5/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.854 Palavras (8 Páginas) • 322 Visualizações
UMA IDEIA E MUITO TRABALHO:
CONSTRUINDO VANTAGENS COMPETITIVAS ATRAVÉS DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS EM HOSPITALIDADE.
CRUZ, Bruno da Silva.
O empreendedorismo tem-se destacado nos últimos anos, tanto nos meios acadêmicos como organizacionais, devido a sua importância socioeconômica, cultural e organizacional (GEM, 2016). Desta forma, empreendedores podem ser considerados impulsionadores da economia, gerando emprego e renda[1], assim como, inovação[2] em suas respectivas áreas de atuação (SCHUMPETER, 1985; MORRISON, 1998).
Para Dornellas (2014) e Chiavenato (2012), cresce a cada ano a importância econômica dos empreendedores na geração de renda e trabalho, evidenciando-se assim o papel do empreendedor no desenvolvimento econômico nacional, que envolve mais do que apenas o acréscimo de produção e renda per capita; envolve iniciar e construir mudanças na composição do negócio e da sociedade. Tal mudança é seguida pelo crescimento e por maior produção, permitindo que mais riqueza seja dividida pelos vários componentes da sociedade (DORNELLAS, 2014).
Assim, Timmons (1994) acredita que o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que foi a revolução industrial para o século XX. Dessa forma, torna-se relevante saber o que determina o surgimento de um empreendedor, se é possível aprender a empreender ou se é uma qualidade inata. Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados e entendidos em seus múltiplos níveis.
Drucker (1985) e Schumpeter (1985) afirmam que o empreendedorismo é um fenômeno especial, pois: cria novos mercados ou produtos; direciona o comportamento do consumidor, modificando seu hábito de consumo. Pode-se constatar essa afirmação quando se percebe no setor hoteleiro a proliferação de aplicativos que estão mudando a forma que o consumidor faz as suas reservas, assim como, os tipos de hospedagem ao qual se direciona. Exemplo desse novo paradigma é o surgimento do Airbnb[3].
Neste contexto surgem algumas questões a respeito do perfil e do comportamento dos empreendedores. Na visão de Man e Lau (2000) para que se possa compreender as características individuais dos empreendedores é preciso enfocar em suas competências. De acordo com Zarifian (2001) a ideia de competência[4] está vinculada à ideia de agregação de valor e qualidade na entrega de um produto ou serviço em determinado contexto, assim como, ligada a uma combinação de conhecimentos, de saber fazer, de experiências e comportamentos que se exerce em um ambiente especifico.
Já McClelland (1962) destaca algumas competências e características que considera inerentes ao empreendedor, sendo estas: confiança, perseverança, habilidade, criatividade, iniciativa, versatilidade, inteligência e percepção. Por sua vez, Morrison (1998) define seis atitudes e comportamentos dos empreendedores baseado no modelo de Timmons[5] que são: Liderança, comprometimento e determinação, obsessão por oportunidades, tolerância a riscos e incerteza, criatividade autonomia e adaptabilidade e a motivação para vencer.
Dentro destes paradigmas o empreendedorismo pode ser considerado fator importante para a criação de vantagens competitivas, uma vez que pode incidir sobre o desenvolvimento de estratégias que busquem o aprimoramento dos métodos. Com isso, busca-se não só alcançar como também manter a organização em uma situação de vantagem em relação ao mercado (PORTER, 1989).
Focalizando-se o setor da hospitalidade e sua relação com a busca de vantagens competitivas[6] através da inovação, Bronzeri e Bulgacov (2014) afirmam que por meio da diferenciação a organização tem maiores chances de desenvolver vantagens competitivas, uma vez que, esta é mais difícil de ser copiada ou superada pelos concorrentes.
Para Goulart et al. (2003) a maioria dos setores ligados ao trade turístico, em especial no Brasil, ainda não atentaram a relevância de se ter profissionais empreendedores. Esta crescente necessidade por empreendedores atuantes, em setor cada vez mais competitivo, aumenta a exigência de se formarem profissionais que atendam às exigências mutáveis do mercado. (HONMA E TEIXEIRA, 2008).
Perante esse novo panorama mercadológico, faz-se necessário conhecer a influência que a gestão empreendedora pode acarretar a essas novas organizações. Berry e Parasuraman (1985) afirma que criar uma operação de serviços bem-sucedida é incontestavelmente uma tarefa difícil e sustentar o sucesso é uma tarefa mais difícil ainda. Por isso, empreendedores modernos usam estratégias de diferenciação e se apropriam de conceitos atuais de marketing para inovarem em seus nichos. É importante que os empreendedores se atentem a essas ferramentas mercadológicas para que consigam levar sua organização a uma posição confortável perante a concorrência. (SILVA, 2016)
Além disso, pode-se dizer que o empreendedor atento entende a organização em sentido global, analisa holisticamente sua organização e as demais em busca continua pela excelência na satisfação dos clientes, conquistando e fidelizando sua quota de mercado. Além disso, está atento as mudanças no mercado e de novas soluções para satisfazer clientes com diferentes exigências e superar as suas expectativas. A qualidade dos serviços, a satisfação e a fidelização do consumidor na atualidade ganha a cada dia novos contornos. A busca pela satisfação começa a orientar as estratégias das empresas modernas com a intenção de consolidar sua posição e participação no mercado (PIZAM E ELLIS, 1999)
As experiências de hospedagem são uma mistura de bens e serviços. Dessa forma, pode-se dizer que a satisfação é uma experiência composta da soma da satisfação dos elementos individuais e os benefícios de todos os serviços que compõe essa experiência (PIZAM E ELLIS, 1999). Dessa forma para que a atividade turística se desenvolva, o empreendedor busca melhorias gerenciais, capacitando-se e inovando em sua gestão (MELO NETO; FROES, 2002).
REFERÊNCIAS:
PARASURAMAN, A.; ZEITHAML, V. A.; BERRY, L. L. A conceptual model of services quality and its implication for future research. Journal of Marketing, v. 49, n. 4, p. 41-50, 1985.
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