Vanguardas Europeias: Cubismo
Por: Kaleb Silva • 31/8/2019 • Trabalho acadêmico • 3.884 Palavras (16 Páginas) • 327 Visualizações
FACULDADE MULTIVIX SÃO MATEUS
ARQUITETURA E URBANISMO
BIANCA FERREIRA SALVADOR
HELENA CAROLINA MARINHO DOS SANTOS
KALEB DA SILVA PEREIRA
CUBISMO
SÃO MATEUS-ES
2017
BIANCA FERREIRA SALVADOR
HELENA CAROLINA MARINHO DOS SANTOS
KALEB DA SILVA PEREIRA
CUBISMO
Trabalho apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Multivix São Mateus, como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo II.
Orientador: Prof. Diego B. Simão
SÃO MATEUS-ES
2017
Sumário
1. METODOLOGIA 3
3. INTRODUÇÃO 4
4. A HISTÓRIA E O CONCEITO DO CUBISMO 6
4.1. CUBISMO CÉZANNIANO (1907-1909) 7
4.2. CUBISMO ANALÍTICO (1909-1912) 8
4.3. CUBISMO SINTÉTICO (1911-1914) 8
5. A INFLUÊNCIA DO CUBISMO NA ARQUITETURA 10
6. O CUBISMO NA ARQUITETURA TCHECA 13
7. CONCLUSÃO 14
8. OPINIÃO DO GRUPO 16
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
iNTRODUÇÃO
As Vanguardas Europeias foram movimentos artísticos que surgiram durante o século XX na Europa. Esses movimentos tinham como finalidade romper os padrões e criar novas ideias que acompanhassem a realidade vivida naquela época. O cubismo foi uma das principais vanguardas criadas naquele século. Foi fundado pelo espanhol Pablo Picasso e pelo francês Georges Braque, seu marco inicial deu-se em 1907 com a pintura Les demoiselles d´Avignon criada por Picasso.
A principal característica do cubismo era o uso das formas geométricas para retratar a natureza. Apesar do uso constante dessas formas, essa vanguarda se distinguia da arte abstrata, pois fazia o uso concreto das formas. Outras características desse movimento era a reconstrução das imagens através de colagens, renúncia do uso de perspectivas, pinturas escultóricas e cores fechadas.
O cubismo teve três fases: O cubismo cézanniano, conhecido como cubismo pré-analítico, foi a fase inicial do cubismo, influenciada pela arte africana e por suas formas simples; Cubismo analítico, considerado como cubismo puro, suas figuras são modificadas através do uso de formas geométricas e cubismo sintético, onde as imagens mantinham sua fisionomia de modo limitado, mas mantendo-se reconhecíveis.
O movimento cubista também atingiu o ramo da literatura que focava na destruição da sintaxe, fragmentação os versos, desvalorização da estrofe, da rima e da pontuação. Os textos não tinham sequência lógica e fundiam o passado com o futuro. O francês Guillaume Apollinare e o suíço Blaise Cendrars foram os mais importantes desse movimento.
Esses movimentos artísticos eram radicais e influenciaram o mundo todo por meio das artes plásticas, literatura, esculturas e até mesmo arquitetura.
Artistas, pintores e arquitetos deixaram de lado o pensamento conservador e buscaram pensar nas formas puras de expressão. Nos últimos séculos a maneira de ver o mundo era tridimensional, então surgiu a perspectiva que permitiu encontrar outras formas de percepção.
Na fase inicial do movimento, se preocupava em entender o espaço, então as cores ficaram escarças, os ângulos e linhas foram ampliados o que acarretou no plano, um dos elementos representantes do tempo-espaço.
Em 1912 o plano ganhou destaque, pois surgiram novos elementos nas pinturas e por volta dos anos 20 o cubismo foi marcado por curvas e cores.
O cubismo teve influência na arquitetura, mas de forma indireta. Le Corbusier que era arquiteto, urbanista e pintor teve grande participação nessa influência cubista no meio da arquitetura. Le Corbusier foi apresentado a vários estilos de artes antes de encontrar sua maneira de se expressar. Em 1917 em uma viagem que fez a Paris, conheceu o pintor francês Amédée Ozenfant que o apresentou as vanguardas que estavam evoluindo na cidade, uma delas foi o Cubismo.
Apesar das obras de Le Corbusier apresentarem características cubistas, ele era contra e técnica de fragmentação apresentada por Picasso e Braque. Ele era a favor da ordem e da precisão. Com essa maneira de pensar Ozenfant e Le Corbusier se autodenominavam Puristas.
O conceito purista defendia a funcionalidade, não a beleza. Eles pensavam que para o ser humano alcançar o equilíbrio era preciso ter ordem e proporcionalidade para que houvesse harmonia espiritual.
A arquitetura cubista é encontrada com maior presença na República Tcheca. Pode ser visto em postes nas ruas, construções que adotaram o cubismo desde o seu exterior como nos mínimos detalhes do interior. Um exemplo disso é a Casa da Nossa Senhora Preta.
O movimento cubista chegou ao Brasil na semana de arte moderna 1922. No entanto, nenhum artista brasileiro usou o cubismo puro em suas obras. Eles adotaram características do cubismo junto com a de outras vanguardas, ou seja, suas obras manifestavam características de vários movimentos. Tarsila do Amaral, Di Cavalcante, Anita Mafalti e Rego Monteiro são alguns artistas em que podemos ver a misturas de várias vanguardas em suas obras.
A História E O CONCEITO do Cubismo
No início do século XX, com o surgimento de novas tecnologias, descobertas científicas e o desenvolvimento das indústrias em função da Revolução Industrial, iniciava uma disputa acalorada pelo poder entre as grandes potências do mundo.
Nesse contexto, devido a esta instabilidade em que se encontravam os países europeus, iniciou-se a Primeira Guerra Mundial, no ano de 1914. Esse conflito acabou por despertar um sentimento de valorização nacional causando um pensamento nacionalista nas pessoas.
Isso resultou no surgimento de várias correntes ideológicas com ideais distintos, tais como o nazismo, comunismo e fascismo. No mundo das artes não foi diferente, as pessoas sentiram a necessidade de romper com os padrões impostos anteriormente e passaram a pensar em novas concepções artísticas e propor novas formas estéticas baseadas no contexto que estavam vivendo. Esses movimentos foram as chamadas Vanguardas Europeias, onde causaram a quebra da tradição cultural do século XIX trazendo mudanças na maneira de pensar e de entendimento nos pontos de vista político, cultural e social, além de influenciar a arte moderna mundial, desde a pintura, literatura, escultura música, teatro, arquitetura, etc.
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