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Vitrais da Idade Média

Por:   •  7/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  915 Palavras (4 Páginas)  •  799 Visualizações

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  • Idade Média

A Idade Média na Europa é um período compreendido entre os séculos V e XV, que se estendeu por mil anos na história. Tal época se divide da seguinte maneira: Alta Idade Média e Baixa Idade Média; a primeira com início marcado pelas invasões germânicas (bárbaras), e a segunda finalizada pela retomada comercial e renascimento urbano. Relatos históricos e renascentistas definiam o mundo medieval como a “idade das trevas”, ou seja, uma época sucumbida pela ausência de desenvolvimento racional, representando um retrocesso para a ciência. Esta perspectiva foi corroborada pelo domínio ideológico empregado pela Igreja Católica, transformando a sociedade em sujeito passível de manipulação, pelo poder da informação. Contudo, a Idade Média possui avanços artísticos e científicos que puderam proporcionar conhecimentos para os dias atuais.

  • A Magia dos Vitrais

Fenícios, egípcios, romanos: desde a antiguidade o vidro colorido também conhecido por stained  glass – exerce uma beleza hipnótica ao olhar humano. Seja por efeito do ângulo e da intensidade da luz, não há como duas pessoas terem a mesma experiência visual frente a um vitral.

Igrejas dos séculos IV e V já traziam em inúmeras janelas essa ornamentação, porém a técnica era feita com finas lascas de alabastro incrustado em molduras de madeira.

A referência mais antiga que se tem registro data de 675DC quando o Bispo Benedito importou mão de obra francesa para verificar as janelas do monastério de São Pedro, que estava construindo em Monkwearmouth, região localizada no Nordeste da Grã-Bretanha.

O centro industrial de vidro da época estava Síria, mais precisamente nas cidades de Ar – Raqqah, Aleppo e Damasco. Além das lâminas coloridas também são desse período de dominação islâmica a enorme produção das pastilhas douradas, as quais eram usadas no revestimento das mesquistas.

A produção de vitral no Sudoeste da Ásia existe desde o século VIII, e foi nesse período que o químico, alquimista, farmacêutico e médico Jãbir Ibn Hayyãn, desenvolveu 46 formulas para produzir vidro colorido e as técnicas para corte no formato de pedras preciosas.

  • Vidro e Fé

O vitral como forma de arte, atingiu seu ápice na Idade Média, quando se tornou uma importante forma pictórica de ilustrar as narrativas da bíblia para a população.

No período entre 950 a 1240 as grandes janelas das igrejas estruturadas em ferro exigiam metros e metros de vidros coloridos, como podemos admirar ainda hoje nas catedrais de Chartres – símbolo máximo da arte gótica na França – e Canterbury, esta úultima fundada em 597 e reconstruída entre 1070 e 1077 dentro dos preceitos do estilo gótico no qual a ornamentação vítrea era um importante elemento de iluminação das naves e altares.

Com o passar do tempo a arquitetura gótica tornou-se ainda mais grandiosa, e formas circulares – as rosáceas – passaram a integrar a estrutura. De origem simples, meras aberturas em paredes de pedra fina, o rendilhado ganhou dimensões monumentais. Saint-Chapelle, em Paris, França, e o “olho do bispo” na catedral de Lincoln, em Lincolnshire, Inglaterra, são os exemplares máximos da leveza e força dessa arte.

  • Renascença e Revival

Provavelmente o mais antigo conjunto de vitrais criados durante a Renascença, foi para a Catedral de Florença, elaborado por Lorenzo Ghiberti. O grupo inclui três janelas oculares (redondas e menores que as rosáceas) para a cúpula e três para a fachada, que foram projetadas entre 1405-1445 por vários dos mais renomados artistas deste período: Ghiberti, Donatello, Uccello e Andrea Del Castagno. Cada qual contém uma única imagem tirada das Vidas de Cristo ou da Virgem Maria, rodeada por um vasto beiral floral, com duas pequenas janelas mostrando os mártires Santo Estevão e São Lourenço.

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