A Especialista em Sociologia da Educação e Cultura
Por: Rudolf Rotchild Costa Cavalcante • 5/2/2018 • Monografia • 6.611 Palavras (27 Páginas) • 205 Visualizações
RUDOLF ROTCHILD COSTA CAVALCANTE
ESCOLA COMO ESPAÇO DO ENCONTRO CRIATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à AVM Faculdade Integrada, como parte dos requesitos para a obtenção do Título de Especialista em Sociologia da Educação e Cultura.
Orientador: Prof. Paulo Renato Lima.
AVM Faculdade Integrada
RESENDE
2015
RUDOLF ROTCHILD COSTA CAVALCANTE
ESCOLA COMO ESPAÇO DO ENCONTRO CRIATIVO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à AVM Faculdade Integrada, como parte dos requesitos para a obtenção do Título de Especialista em Sociologia da Educação e Cultura.
Orientador: Prof. Paulo Renato Lima.
Aprovado pelos membros da banca examinadora em ___/___/___, com menção ___ (_____________)
Banca Examinadora
__________________________
__________________________
RESENDE
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
CAPITULO I 7
CAPITULO II 10
2.1 Criatividade: conceitos e características. 10
2.2 A escolinha de artes no Brasil. 12
2.3 Animador Cultural é um produtor cultural de periferia. 13
2.4 RIEC – Rede de Escolas Criativas. 13
CAPITULO 3 15
3.1 Como tudo começou? 15
3.2 Criatividade e talento: um diálogo paradoxal 16
3.3 Grafitti: uma experiência arte-educativa 18
3.4 Oficina Grafitti 463 20
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Erro! Indicador não definido.2
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Erro! Indicador não definido.
INTRODUÇÃO
Estamos vivendo uma realidade educacional que não mais atende os interesses das gerações atuais. Propomos um estudo severo e racional onde o conteúdo não faz mais sentido para o mundo pós-moderno. Ainda insistimos em realizar provas e avaliações que acreditamos que colaboram para a formação humana do aluno. A escola atual ainda atende os interesses da sociedade moderna do século XIX. Vale salientar que ao longo do seu processo sócio-histórico vem se constituindo como um espaço de controle e disciplinar ao bel prazer de um sistema perverso e excludente, o capitalismo.
A nossa sociedade vem sendo moldado por aparelhos de controle e disciplina onde a criatividade que deveria ser elemento primordial do desenvolvimento humano fica quase sempre excluída, quando acontece obedece as iniciativas solitárias de alguns professores. A “grade” curricular não cabe criatividade, confundido muitas das vezes como brincadeira, como algo sem valor. Ainda insistimos em aplicar uma metodologia que tem como objetivo de formar homens para o trabalho e não para a vida. Insistimos em um modelo vertical de educação onde eu não construo o saber de igual para igual.
Para isso é necessário que criemos um espaço para a manifestação da criatividade como inventividade, como reencantamento da vida onde possa desconstruir o olhar unilateral do saber científico-racional para que o conhecimento comum possa ser um constructo diferenciado na formação educacional do aluno.
Precisamos definitivamente mudar o conceito de escola como “instituição de seqüestro”. Toda escola pode ser um espaço de criatividade. Segundo o sociólogo Romam Krznaric, a escola poderia ensina a arte de viver: “Nós vamos para a escola e não aprendemos sobre as coisas que mais nos preocupam na vida, como a forma de construir relacionamentos, de lidar com problemas familiares ou de escolher a carreira, como pensar sobre a criatividade e seu potencial”. Daí a necessidade de se criar um espaço de criatividade dentro da escola que ainda insiste em manter o modelo panóptico de educação, onde as condutas de ensino-aprendizagem foram sendo engessadas em “grades” curriculares onde as disciplinas não dialogam e nem conseguem se libertar de um conteudismo recluso.
Diante disso, é possível criar um espaço de criatividade dentro da escola pública que ainda vivência padrões panópticos?
Para responder esta pergunta no capítulo I, tentaremos analisar o conceito de panóptico de Jeremy Bentham e a sua inserção no contexto educacional e cultural de formação do aluno enquanto ser humano. Dentro desse ínterim o conceito de escola foucaultiano nos orientará a pensar que a educação ainda se encontra refém do modelo prisional, punitivo e disciplinar que é utilizado toda vez que nos deparamos com as atitudes agressivas e destrutivas dos jovens. Precisamos repensar se a disciplina caminha junto com a criatividade dentro da escola. Até que ponto o uso de estratégias criativas e colaborativas ajudam a colocar em discussão a necessidade de educarmos pensando em números? O que importa é pensarmos se o aluno-sujeito tem a sua humanidade desenvolvida, se o aluno ao chegar ao final do ensino médio estará realmente preparado para a vida, para ser multiplicador do saber construído dentro da escola.
No capítulo seguinte provocaremos uma discussão sobre uma escola sem disciplina, um panóptico livre, onde observaremos experiências bem sucedidas. (VEIGA-NETO) O ensino não se encera na escola, está na família, nas instituições sociais como um todo. Neste contexto, Anthony Storr nos dirá que em relação a dinâmica da criação, todos nós somos um pouco “esquizóide” e que a atividade criativa é uma poderosa ferramenta de adaptação ao mundo desconcertante que vivemos.
E para encerar a discussão, veremos no capítulo III que o espaço de criatividade na escola faz uma diferença, rompe com o modelo panóptico e quebra paradigmas no processo de ensino-aprendizagem, propondo uma nova perspectiva educacional em consonância com o viver em sociedade.
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