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A Sociologia da Cultura

Por:   •  8/6/2016  •  Resenha  •  1.947 Palavras (8 Páginas)  •  274 Visualizações

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    Sobre o conceito de ciência segundo Gramsci está ligado como uma pesquisa de leis, de linhas constantes, regulares e uniformes, ligada somente a uma exigência tão pouco de maneira fútil e ingênua de resolver decisivamente o problema que é prático da previsibilidade dos acontecimentos dados históricos.

    Em sequência o autor, diz que tal problema prático referentes aos acontecimentos, parece por uma estranha inversão de perspectivas, que as ciências naturais fornecem por uma capacidade de prever a evolução de tais processos naturais, com uma metodologia histórica que foi concebida como sendo cientifica, baseado na medida de prever o futuro da sociedade, por isso uma busca das causas essenciais, classificadas por Gramsci como a “causa das causas. ”  

    A existência das teses de Feuerbach, traz uma crítica sobre esta concepção denominando como simplista, pois ele diz que é possível prever cientificamente apenas a luta, mas não os momentos concretos dela, que por vez não se pode deixar de classificados como resultados de forças diferentes que estão em constante movimento que são irredutíveis, pois nelas a quantidade transforma-se continuamente em qualidade.

      Pode-se prever a partir de uma atuação que vem sendo aplicado no esforço voluntário, sendo assim, contribuindo concretamente na criação do resultado previsto, pois a previsão se revela como expressão abstrata do esforço que se faz, criando um modo pratico de criar uma vontade coletiva e não necessariamente como somente um ato cientifico de conhecimento. Surge então questionamentos, de como poderia a previsão ser um ato de conhecimento? Na verdade, é possível conhecer somente o que foi ou é, mas não o que será, que é classificado na obra como um “não existente” que por vez é portanto, impossível de se conhecer por definição, diante disso, prever, nada mais é do que um ato prático.

      O próprio conceito de ciência em resultado do ensaio popular, que deve ser criticamente destruído, pois é pura e simplesmente afastado das ciências naturais, que por vez como se estas fossem a única ciência, ou ciência por excelência, assim como o positivismo acreditava, ou seja, analisando o conhecimento cientifico como a única forma de conhecimento verdadeiro, através de comprovações de métodos científicos. No ensaio popular, o ermo ciência é empregado em vários significados, alguns mais a mostra, outros mais complexos, ou até mesmo só mencionados.

      O sentido mais explicito é o que ciência tem nas investigações físicas, indicando por outras vezes, alguns métodos determinados que constrói uma ciência determinada, desenvolvida e elaborada em conjunto, referente a elaboração de dada investigação e ciência formando com ela um todo único, fazendo realizar-se como uma investigação cientifica aplicando o método de bons resultados, escolhendo-a para progredir em elaboração de outra investigação na qual estava relacionada, na existência de critérios que constituem a consciência crítica de todo cientista, não importando qual que seja sua especialização, deve sempre estar ativos em seu trabalho.

    Pode-se dizer que não é cientista quem demonstre escassez de segurança em seus critérios particulares, que não tenha uma plena inteligência dos conceitos utilizados, quem tenha escassa informação e conhecimento do estágio dos problemas tratados, quem não seja muito cauteloso em suas afirmações , quem não progrida de uma maneira necessária ,quem não saiba levar em conta as lacunas que existam  nos conhecimentos  já atingidos, porem as ignore e se contente com soluções puramente verbais, ao invés de declarar que se trata de posições provisórias que poderão ser retomadas e desenvolvidas.

     Ainda sobre o ensaio popular dentre suas inúmeras polemicas é o desconhecimento sistemático da possibilidade de erro por parte dos autores citados , por razão pela qual que se atribuem a um grupo social, do qual os cientistas seriam sempre os representantes, os mais desprovidos de sentidos de opiniões e as mais contraditórias vontades, ligada a um critério metodológico mais geral a saber no que se refere a “ não é muito cientifico” ou “não é muito sério” classificando opiniões mais estupidas e medíocres ou até mesmo de seus adversários, as menos essências e as que sejam mais ocasionais presumindo assim ter “destruído o todo” , porque se destruiu a ideologia ou uma doutrina que se mostrou insuficiente teoricamente falando de seus defensores que por vezes são de terceira ou quarta categoria.

      É de estrema importância o dever de ser justo com seus adversários no sentido de que é preciso ser justo e esforçar-se para compreender o que eles realmente quiseram dizer, e não se fixar maliciosamente nos significados superficiais e imediatos das suas expressões, pois isso se dá somente na validade de que o fim proposto seja de elevar o tom e o nível intelectual dos próprios seguidores e não por finalidade de criar um deserto em torno de si a qualquer custo, o que se precisa é assumir que o próprio seguidor deve discutir e sustentar o próprio ponto de vista em discussões com adversários capazes e inteligentes e não apenas com pessoas rusticas e despreparadas , que se convençam por autoridade ou via emocional.

     A possibilidade do erro deve ser afirmada e justificada, sem com isso abandonar a própria concepção, o importante não é a opinião de fulano, beltrano ou cicrano, mas o conjunto de opiniões que se tornam coletivas e fortalecem um elemento e uma força social pela elevação do pensamento de contribuição e que serve para reforça o próprio campo e absorver e vivificar uma doutrina original própria em condições de vidas próprias. Entre tantas deficiências que estão inseridas no ensaio popular, estão ligadas a oratória, classificando que as demonstrações orais e a mentalidade dos oradores ligadas as superficialidades logicas e de argumentação.

    As questões de nomenclatura e de conteúdo é classificada como uma das características dos intelectuais como categoria social cristalizada, ou seja, concebendo a si mesmo como continuação contínua da história, e, por tanto, independente da luta dos grupos e não como uma expressão de uma boa argumentação, pelo qual determinado grupo determinante elabora uma categoria de intelectuais própria, relacionando-se na esfera ideológica com uma categoria intelectual anterior, através de uma idêntica nomenclatura de conceitos.

    O autor classifica que toda nova sociedade cria uma nova superestrutura cuja representatividade especializada e porta vozes, são os intelectuais, concebidos também como novos intelectuais que surgiram da nova situação, e não como continuação da intelectualidade precedente, se os novos intelectuais se colocarem como continuidade da inteligência da intelectualidade anterior, não serão verdadeiramente novos, ou seja, não estarão ligados ao novo grupo social que representa organicamente uma nova situação histórica e sim um qualquer coisa inútil totalmente conservador do grupo social historicamente superado, classificando que então a nova situação histórica não alcançou o grau de desenvolvimento necessário para se ter a capacidade de criar novas superestruturas envolvidas, e vive totalmente cobertas, apodrecidas em uma velha história.

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