A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO HUMANO E NA TERCEIRA IDADE
Por: RO ALMEIDA • 16/11/2017 • Artigo • 1.599 Palavras (7 Páginas) • 431 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO HUMANO E NA TERCEIRA IDADE
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Rosângela Alves de Oliveira Almeida
Eixo temático: Saúde e envelhecimento humano
RESUMO: O objetivo deste estudo foi investigar a importância da resiliência no processo de envelhecimento humano e na terceira idade a fim de verificar se esse comportamento tem influência sobre o processo de um envelhecimento saudável, enfatizando os fatores que propiciam a prevenção de doenças na manutenção da saúde do idoso. Participaram do estudo as integrantes do grupo social e religioso: Legião de Maria, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, do bairro Grageru em Aracaju-Se.
Palavras-chave: resiliência, envelhecimento humano, terceira idade.
THE IMPORTANCE OF RESILIENCE IN THE PROCESS OF HUMAN AGEING AND ELDERLY
ABSTRACT: The aim of this study was to investigate the importance of resilience in the human aging process and the elderly in order to verify that this behavior has an influence on the process of healthy aging, emphasizing the factors that promote disease prevention in health maintenance elderly. Study participants were members of the social and religious group, Legion of Mary, the Sacred Heart of Jesus Parish, the district of Aracaju Grageru himself.
Keywords: resilience, human aging seniors.
Introdução
Este trabalho visa analisar se há necessidade da resiliência para um processo de envelhecimento saudável, na perspectiva de verificar se este fator e se existem outros fatores que influenciam na saúde do idoso, possibilitando a prevenção e manutenção da saúde do mesmo.
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Neste sentido, estudar o processo de envelhecimento humano se constitui relevante tendo em vista o grande número de pessoas que se interessam em chegar a velhice com aspectos saudáveis, bem como considerar os fatores que influenciam para chegar e manter uma velhice saudável. A importância dos aspectos como convívio social e resiliência, pôde ser constatado na
amostra de dados colhidos como objeto de pesquisa que foram as idosas do grupo de convivência social e religioso Legião de Maria da Paróquia Sagrado Coração de Jesus do Bairro Grageru, em Aracaju-SE.
Processo de envelhecimento saudável
O processo de envelhecimento saudável é um fenômeno biológico e psicológico. Trata-se de um processo caracterizado pela gradual perda das funções orgânicas, onde o homem tem uma diminuição fragmentada da sua capacidade física e intelectual.
Do ponto de vista psicológico, esse processo se manifesta através do controle das emoções, como garantia da felicidade, por se tratar de uma interferência no comportamento, assim como enfatiza Marchand (2001, p. 1), quando relata que no “ciclo da vida humana é uma dinâmica comportamental, que cada indivíduo passa fase a fase, onde não se deve esquecer a concepção de ser humano lembrando de sua constituição e estruturação física e psicológica”.
Neste sentido, Neri e Freire (2000, p. 21), mencionam que em virtude desses fatores, surgiram tais questionamentos: “Será possível ter uma velhice feliz? O que fazer para chegar a ela? Quando uma pessoa deve começar a se preocupar com medidas preventivas em relação ao processo de envelhecimento? Existiria, hoje, uma “fonte da juventude”, criada pela ciência? ”
Para se ter um envelhecimento saudável, estudos mais recentes apontam que componentes como: alimentação saudável, melhor qualidade de sono, a movimentação do corpo com atividades físicas, propiciam condições favoráveis a manutenção da saúde no processo de envelhecimento humano. Porém, existe outro fator tão imprescindível quanto os demais para o envelhecimento saudável, não só boa condição física e mental, como também a inclusão social que permite desempenhar tais funções.
É importante destacar também, que no tocante à longevidade, houveram avanços científicos voltados para a contribuição na melhoria da saúde, são os estudos desenvolvidos na área da gerontologia e geriatria. De acordo com Netto (2002, p.7), a gerontologia é: “Uma disciplina cientifica multi e interdisciplinar, cujas finalidades são os estudos das pessoas idosas, as caraterísticas da velhice enquanto fase final do ciclo de vida, o processo de envelhecimento e seus determinantes biopsicossociais”, já a geriatria completa o ciclo com cuidados específicos na área médica.
Desta forma, no tocante ao grande número de pessoas que espera atingir, uma velhice com capacidade de interagir socialmente, pretende-se que o envelhecimento seja bem-sucedido, estando intrínseco a capacidade resiliente do indivíduo.
A capacidade resiliente na terceira idade.
O termo resiliência segundo Rutter (1999) e Gamerzy (1991), é definida como a capacidade de recuperação e manutenção de um comportamento que foi adaptado após um dano, um estresse, uma perda.
Ao relacionar-se com a história, o idoso, pode impor novos sentidos a fatos passados, atribuindo um tom mais maduro de sua afetividade, e que cabe ao mesmo manifestar segundo o significado dado aos acontecimentos, que conforme Ballone (2002, p.1), os idosos podem ser: “alegres ou tristes, culposos ou mentirosos, frustrantes ou gratificantes, satisfatórias ou sofríveis. Por tudo isso a dinâmica psíquica do idoso é exuberante, rica e complicada”, pois se a pessoa idosa aciona sua capacidade resiliente diante dos fatos estressantes, pode expressar seu nível de adaptação e resistência aos entraves da vida.
O termo resiliência, quando adaptado às ciências humanas, enfatiza os aspectos emocionais quando exposto ao estresse e a adversidade psicossocial, deve estar relativizada com os aspectos internos e externos ao ser humano (Assis, Pesce & Ananci, 2006). Esses fatores são trazidos pelos idosos, na sua constituição genética e também são adquiridos ao longo e sua história de
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