A QUESTÃO SÍRIA SOB A PERSPECTIVA DO IMPERIALISMO AMERICANO

MERELES, CARLA. A Guerra Civil na Síria. O Politize!, 2016. Disponível em < http://www.politize.com.br/guerra-civil-na-siria/>. Acesso em: 31 Mar. 2018, 18:30:30. 

A QUESTÃO SÍRIA SOB A PERSPECTIVA DO IMPERIALISMO AMERICANO

FABIO DOS SANTOS GUIMARAES

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Para compreendermos os conflitos na Síria é necessário levar em consideração duas questões: a disputa geopolítica internacional encabeçada pelos Estados Unidos frente ao território de nações denominado de Oriente Médio, onde se localizam as maiores jazidas de petróleo do mundo. E segundo as problemáticas culturais, religiosas, políticas e econômicas do Oriente Médio.

Quem são os maiores produtores de armas do mundo? Os americanos. Para se vender armas e manter o mercado bélico aquecido o que é necessário? Conflitos e guerras. Porque o interesse americano no Oriente Médio? Exercer influencia sobre a exploração dos recursos naturais do território, que é rico em petróleo, pedras preciosas, gás natural; um território que possui ampla capacidade de consumo e autofinanciamento. Como os governos americanos disfarçam seus interesses econômicos no Oriente Médio? Adotando o discurso estratégico de “Combater o terrorismo e oferecer ajuda humanitária”

A Síria é produtora de gás natural e de petróleo, além disso, é aliada do Irã, país arqui-inimigo dos americanos, que é nada mais, nada menos, o segundo maior produtor de petróleo e gás natural do mundo. Ora, para enfraquecer o Irã é preciso atacar suas alianças, portanto desestabilizar a Síria, derrubar o governo Assad e articular um novo governo sob influencia americana é o plano em curso dos USA.

Os chamados “rebeldes” que se voltam contra o governo Sírio, na verdade são grupos de jovens insatisfeitos com governo, marginalizados do estado, que inspirados na primavera árabe, tornaram-se solo fértil para o recrutamento pelo Estado Islâmico e ramificações da Al-Qaeda. Estas organizações recebem apoio americano e de aliados, para derrubar o governo Assad.

Portanto, não se trata de guerra ao terror, mas sim de domínio sobre os recursos naturais e ampliação de poder do USA com controle do Oriente Médio frente às nações como Rússia e China que ameaçam o imperialismo americano na geopolítica mundial.