A Sociologia clássica e os debates advindos da pós-modernidade, pós- colonialismo e do pós- desenvolvimentismo
Por: Fernando Borges • 24/12/2017 • Ensaio • 778 Palavras (4 Páginas) • 304 Visualizações
Introdução à Sociologia
Aluno: Fernando Borges da Silva
Curso: Bacharelado em Políticas Públicas 5º semestre
Segunda avaliação da disciplina
Nota da primeira avaliação: 9,5
Uma discussão sobre o “fazer sociológico” na sociologia clássica e os debates advindos da pós-modernidade, pós- colonialismo e do pós- desenvolvimentismo.
O debate sobre desenvolvimentismo pode ser tratado por diferentes ramos do conhecimento. Em uma perspectiva histórica, é a economia a disciplina que mais se esforça em compreender e explicar o desenvolvimento, em especial o desenvolvimento econômico a partir da formação histórica do capitalismo, do industrialismo das políticas macroeconômicas, enfim, os processos de acumulação.
A sociologia e a ciência política apresentaram contribuições relevantes. Haviam grandes narrativas revolucionárias na sociologia no século XX que se ajudaram no sentido de “ratificar” os processos de acumulação e divisão social do trabalho. Desenvolver era a chave para o futuro. Tudo se fazia necessário para ser mais desenvolvido. A posição da sociologia era otimista e via a industrialização como benéfica e recomendável ao progresso dos países, em especial aos do chamado terceiro mundo.
A sociologia desde o seu nascimento incorporou ideias burguesas daqueles que empreendiam. Podemos pensar nos ideais positivistas que distinguiam sociedades “primitivas” – mais atrasadas e simples – da sociedade “modernas” – mais complexas, mais aos moldes europeus. Nesse sentido, a sociologia se calcaria nas ideias de progresso, hierarquizando culturas, e atingindo seu ápice no colonialismo. A ideia de levar a modernidade para os países atrasados, onde a cultura do outro é deixada de lado em nome de interesses comerciais, acompanhado do modo de produção “moderno”, da implantação de um sistema político (estados-nação), da imposição da língua e de uma arquitetura inovadora e universal era latente. O que gerou a expansão e o colonialismo como nova ordem mundial.
Contudo, o modelo não se auto sustentou por muito tempo e com a crise do petróleo ( 2 choques) e a crise da dívida dos anos 80, os países vão à bancarrota, a dívida externa “explode”, no Brasil, por exemplo, ficou conhecida como a “década perdida”.
Todo o dinheiro que financiava o modernismo, o desenvolvimento se esgota. Inicia-se um processo de convulsão política de emancipação e descolonização. É nessa onda que começam a surgir críticas ao “ser moderno”, em especial, na França com o movimento contracultura. As pessoas começam a querer consumir a singularidade e não mais a padronização, sobretudo, na arquitetura de prédios e monumentos. É um novo marco para sociologia que agora começa a ser rediscutida e acaba muitos intelectuais acabam “atacando” o modernismo. No urbanismo, por exemplo, temos Jane Jacobs com seu livro sobre as grandes cidades que são construídas sob os preceitos modernistas e se tornam funcionais à especulação imobiliária. Outro autor que vai criticar o a sociedades modernas é Michel Foucault com algumas teses sobre o biopoder e o poder disciplinar que decorre da onda modernista e suas implicações sociais.
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