Adam Smith
Por: claratoscan • 3/7/2018 • Trabalho acadêmico • 1.612 Palavras (7 Páginas) • 132 Visualizações
Adam Smith
Forte influência do iluminismo escocês (Hume, Hutcheson):
-Isaac Newton como modelo --> trazer cientificidade à filosofica moral e à analise dos fenômenos sociais
- empirismo
- demonstrar as regularidades ("leis") da vida social e do comportamento humano: ideia de Deus como relojoeiro, que cria, organiza e põe em movimento todas as coisas ("mão invicível", providencialismo, tendência moral à perfeição, realização do plano divino); Hume é mais cético: ordem social é produto não-intencional das aões humanas; não podemos saber se o universo é perfeito ou não
No debate: moralidade é intrínseca à natureza humana ou é um artifício criado pela sociedade para conter o caos das paixões? Adam Smith fornece uma interpretação alternativa, com base na filosofia de Hume:
- recusa ideia de EN anterior à vida social, civil
- moralidade: convenção que resulta da vidad em sociedade, mas assenta em sentimentos humanos (sentimentos diversos, nem bons nem maus; egoísmo (self-love) e simpatia (solidariedade, capacidade de compartilhar sentimentos alheios, de interessar-se pela sorte dos outros)
- simpatia como correspondência ou concordância de sentimentos (na imaginação) --> adequação
-não oposição entre egoísmo e simpatia: indivíduos buscam aprovação dos outros; self love depende do espelhamento da sociedade
- automoderação, autodomínio dos sentimentos (self command), inclusive do egoísmo, para sentir-se aprovado
- espectador imparcial internalizado (o "juiz dentro do peito", padrão moral, consciência)
- moralidade, senso de justiça, vem dessa necessidade individual de aprovação, não da consideração do que é bom ou util para o coletivo (poucos refletem sobre utilidade social)
- balanço entre o amor-próprio e o desejo de aprovação
- a manutenção da ordem social não deriva fundamentalmente do controle direto do Estado, mas do autodomínio dos indivíduos e de seu sentimento de justiça
-maioria das essoas repudia a violação do "jogo limpo". "Na corrid por riqueza, fama e honrarias, o indivíduo pode correr tão esforçadamente quanto for capaz, e empregar ao máximo cada nervo e músculo para ultrapassar todos os seus competidores. Mas se ele porventura atropela ou derruba quaquer um deles, a complacência dos especgtadores termina por completo. Trata-se de uma violação do jogo limpo que eles não podem admitir. Portanto, eles logo simpatizam com o ressentimento natural do prejudicado e o infrator torna-se o o objeto de seu ódio e indignação"
Síntese (TSM)
Egoísmo (self-love) e simpatia não se excluem
-evita o termo altruísmo e diferencia simpatia de benevolência, amor ou caridade (virtudes cristãs)
- capacidade de colocar-se no lugar do outro, de imaginar o que o outro pensa e sente
O julgamento do outro é relevante para a auto estima. A própria consciência de si depende da interação com outros e das reações deles.
Senso de justiça, de moral, de ética derivam desse mecanismo:
- necessidade de aprovação --> expreriência --> antecipação do julgamento alheio --> espectador imparcial (média das opinioes ou opinioes gerais e de grupos)
Mesmo sendo uma obra no campo da filosofia moral, a TSM já adianta alguns pontos importantes da ARN, qie aparecerão nesta úlima como questões econômicas:
1. interdependência dos indivíduos
2. desejo de melhorar a condição material, decorrente do desejo de aprovação e reconhecimento
- ricos geralmente são admirados e imitados, nem sempre para o "bem"
- se devidamente moderado, esse desejo pode ser útil
3. utilidade do egoísmo no campo econômico
- não desenvolve ainda o argumento estritamente conômico --> aumento da riqueza
- sugere que, se livres para buscar a melhoria da condição material, indivíduos tornam-se mais satisfeitos, previdentes e menos propensos a desordens e rebeliões --> liberdade de mercado é favorável à ordem social
- agente econômico é, antes de tudo, um ser social e moral, não um indivíduo hobbesiano unicamente movido pelos desejos egoístas
- embora não trate de moral na RN, ela está pressusposta na visão de Smith. Economia não está dissociada da reflexão sobre a justiça e a ordem social
- economia de mercado: aumento da riqueza e do bem-estar comum é resultado não planejado das ações e decisões motivadas por interesses individuais
- deslocamento do foco: da política para a economia, do Estado para o mercado
Texto 12 - Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações
cap 1 divisão do trabalho
por que começa por aqui?
-centralidade do trabalho (já em Locke) para criação do valor: é o trabalho, não o diheiro, que move o sistema econômico
- interdependência entre indivíduos também no campo econômico (importante na criação do comportamento ético e no campo econômico)
- produtividade e aumento da riqueza
Diferenciação de tarefas e especialização dos trabalhadores são efeito e nao causa da divisão do trabalho
- inverte explicação usual: diferenças naturais de força e trabalho entre indivídeuos, limitações naturais de clima e de solo geram especialização, que gera excedente para ser trocado (indivíduos não são suficientemente diferentes para isso gerar divisão do trabalho. Não são diferenças naturais entre indivíduos que geram a divisão. A divisão que gera diferença crescente entre os seres. Afasta explicações naturalistas)
- diferenças individuais são criadas ou se acentuam com a divisão do trabalho; no plano natural, não são suficientes para a especializaçao
Principal consequência da dt é o aumento da produtividade:
- poupança de tempo entre uma tarefa e outra
- destreza, habilidade e rapidez na execução de uma mesma tarefa
-oportunidade de invenções
-separação entre trabalho manual e intelectual
Dt é o motor ou a mola impulsionadora do crescimento econômico e do aumento da riqueza
Maior diferenciação de produtos, maior abundância geral de bens, que se difunde por todas as camadas sociais
Operário e camponês europeus são mais ricos que muitos reis da África que comandam 10 mil selvagens nus
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