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Analise de Educação Primária

Por:   •  11/7/2016  •  Relatório de pesquisa  •  401 Palavras (2 Páginas)  •  129 Visualizações

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A análise que será feita sobre como o continente africano é trabalhado no livro didático tomará como objeto de estudo o manual do 7º ano do Projeto Araribá do ensino fundamental organizado pela Editora responsável. Ela que é bacharel e licenciada em História pela Universidade de São Paulo. Professora da rede estadual e municipal de ensino por 12 anos. O manual tem o componente curricular: História no Ensino Fundamental, 3ª edição; − São Paulo, 2010. Fica nitidamente claro o perspectivismo de viés marxista, já que começa com a formação do feudalismo na Europa, apontando para as relações burguesas na Inglaterra e na França, momento culminante, porquanto, a partir da Revolução Francesa, surge, ao menos é o que sugere a autora, uma nova sociedade, a saber, dar-se o intróito de uma nova relação de trabalho (o trabalho livre) que será um processo lento a ser efetivado, no entanto, como resultado das colossais determinações das forças econômicas, se plasmará feito destino entre os homens. De modo que por mais sutil que pareça, os modos de produção marxista, ficam patentes na obra.

No que se refere a África, a obra destina apenas algumas páginas a história do continente. O mais agravante ainda é o fato de a história dos grandes impérios, vagamente estudados, estarem imbricados com a cultura islâmica, como se não tivesse havido história entre os povos africanos antes da colonização islâmica. Assim, embora a obra faça uma observação quanto ao fato de não se pensar a história da África apenas a partir do contato com o mundo europeu, revelando denodadamente uma visão anti-colonizadora, qual seja, anti-europeia, no entanto, trabalha a história das grandes civilizações africanas dentro de uma dimensão paradoxal, pois parte sempre do elemento islâmico – do colonizador −, do que trouxe, pelo menos é o que se apreende do texto – a civilização. Falta à obra uma história da África que parta dos africanos, uma história dos povos africanos como não só autóctones, mas, sobretudo, autônomos, independentes, produtores por assim dizer de sua própria cultura, uma história das civilizações negro-africanas fruto da imbricação e simbiose das diversas manifestações culturais pré-islâmicas, mais precisamente, uma história atávica. Dessarte, o manual é pobre quanto o conteúdo no que se diz respeito à história da África, como também não consegue mostrar os povos africanos livres, porquanto a história africana se não é contada partindo de uma matriz européia, no entanto, parte de uma matriz islâmica.

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