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Augusto Comte - Lei dos três estados

Por:   •  21/4/2015  •  Resenha  •  564 Palavras (3 Páginas)  •  1.861 Visualizações

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O pensamento comteano era fundamentado na ideia de que os filósofos deveriam propiciar aos homens entendimentos a respeito da ciência de seu tempo, antes de difundir ações praticas e imediatistas. Para isso, Comte desenvolveu sua teoria em uma estrutura de três temas básicos, da qual será tratado o primeiro, a filosofia da historia que tinha por objetivo demonstrar o porquê o pensamento positivo, assim chamado por ele, deveria se sobrepor para a sociedade.

Este primeiro tema, possui uma subdivisão que o sintetiza chamada de lei dos três estados, que quer dizer que as ciências e espirito humano são desenvolvidas em três fases diferentes: a teológica, a metafísica e a positiva.

Entende-se que a visão teológica das coisas, visa compreensão absoluta do mundo, uma vez que com tamanha diversidade na natureza, somente seria explicado e compreendido o mundo através de deuses e espíritos, fazendo com que a imaginação do homem tome a frente e fazendo com que acredite que possui a compreensão absoluta de tudo, pois o sobrenatural explica a tudo e tira os problemas do homem de maneira que traz a plena satisfação em relação ao mundo ao redor. Além da compreensão e explicação da natureza, a mentalidade teológica traz também a coesão social uma vez que fundamenta a vida moral da sociedade.

Dentro do estado teológico, Comte apresentava três divisões em períodos sucessivos: fetichismo, politeísmo e monoteísmo. Fetichismo era a vida espiritual semelhante a do homem e era conferida aos seres naturais. Politeísmo atribuía a multiplicidade das divindades não a si mesmos, mas a outros seres que eram invisíveis e habitantes de outro mundo. E por fim, monoteísmo em que o homem reunia as diversas divindades em uma só. O período monoteísta viria a representar a transição para o estado metafísico, trazendo as “forças” para explicar os mais diversos fenômenos ao invés das divindades da fase teológicas.

O estado metafísico na forma de desenvolver acaba se conectando com o estado teológico uma vez que ambo procuram soluções absolutas para os problemas dos homens bem como, tentam explicar a chamada “natureza intima” das coisas, como origem e destino. A diferença essencial de ambos é o fato de a metafisica tratar o abstrato e a argumentação ao invés do concreto e imaginação. Isto faz com que, automaticamente, o estado metafisico dissolva os fundamentos do teológico, já que as contradições que trazem as ideia teológicas seriam quebradas pelas ideias ou forças da metafisica.

Por fim, o estado do pensamento positivo é caracterizado por Comte na subordinação da imaginação e da argumentação à observação. Para ele, cada teoria deverá corresponder a um fato, este que pode ser particular ou universal. A diferenciação da visão positiva para a teológica e metafisica é que ela deixa de lado as causas dos fenômenos para trabalhar somente em cima de fenômenos constantes e observáveis. O pensamento positivo também observa que todo e qualquer fenômeno não possuem uma só causa, como deus, natureza ou equivalentes.

No pensamento positivo, a união entre teoria e pratica se torna mais intima do que nos estados anteriores porque o conhecimento das relações constantes e fenômenos torna possível determinar seu futuro desenvolvimento. Desta forma caracterizando a previsibilidade do positivismo que traz como lema “ver para prever”.

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