Belo Monte o anuncio de uma guerra
Por: Ricardo Klever • 14/8/2017 • Trabalho acadêmico • 1.461 Palavras (6 Páginas) • 315 Visualizações
Universidade Federal do ABC
Belo Monte
O anúncio de uma guerra
Guilherme Zanusso de Barros 21057816
Renan dos Santos Silva 21058915
Ricardo Klever 21092315
Giovanni Foramilio 11085115
Vitor Barbour
Belo Monte, para quem?
A ideia de desenvolvimento cultuada pela sociedade moderna é um conceito desprezível para aqueles que vivem às margens ou desconexos da civilização.
Povos indígenas e ribeirinhos pouco se importam com promessas sobre energia elétrica e desenvolvimento econômico, e apenas querem manter seu modo de vida intacto e sua história e ancestralidade vivas; Quando estes fatores são levados em conta, somados à ganância e politicagens ocultas sob uma máscara de energia sustentável e sustentabilidade ecológica, somos levados a nos perguntar, sustentabilidade para quem?
Quem impede o desenvolvimento “circular”? (Desenvolvimento e povos autóctones: paradoxos e alternativas)”
Ao longo de todo o texto “Quem impede o desenvolvimento “circular”? (Desenvolvimento e povos autóctones: paradoxos e alternativas)” ,é tratado o conceito de desenvolvimento. No texto é questionado a ideia que nossa sociedade atual tem quando o assunto é, o que significa desenvolvimento e progresso, e como esse pensamento acaba impactando nos povos autóctones e mais isolados.
O autor coloca que nas sociedades modernas o desenvolvimento tem um significado muito forte atrelado com o crescimento econômico, o progresso tecnológico,a evolução das técnicas para que assim se resolva diversos problemas presentes no mundo (muitos desses problemas causados pelo próprio desenvolvimento).
Ele também enfatiza o grande paradoxo que há entre desenvolvimento e a existência e sobrevivência dos povos autóctones. Para ele a sociedade atual crê que o desenvolvimento é natural, desejável e inevitável, ou então um processo linear, cumulativo, contínuo, irreversível e sujeito a uma finalidade. Essa idéia leva a um pensamento utilitarista de que o crescimento e o desenvolvimento está diretamente relacionado a uma melhora, um benefício ou um progresso da sociedade como um todo.Porém, é errado generalizar esse discurso.
Geralmente existe um custo para que se alcance o desenvolvimento, ele sempre acaba afetando um grande número de pessoas. Essas pessoas muitas vezes vivem isoladas da sociedade e quase sempre não compartilham ou não entendem o conceito de desenvolvimento cultuado pela modernidade. Eles não veem a construção e criação de empreendimentos como progresso, a única coisa que eles enxergam, são esses empreendimentos afetando e atrapalhando diretamente seu modo de vida, ou seja, o sistema econômico internacional e os grandes projetos de desenvolvimento expropriam os povos autóctones não só de suas terras ou do subsolo, mas, ainda, de suas relações com a natureza, o cosmos, os ancestrais e os deuses.
Tudo isso discutido acima mostra uma parte muito importante do documentário “Belo monte, anúncio de uma guerra”. No filme é relatado a disputa entre o governo federal e os povos indígenas, pescadores e agricultores que vivem próximos e dependem do rio Xingu.
Do lado do governo e das empreiteiras existe o argumento de que a construção da usina elétrica de itaipu irá gerar um desenvolvimento gigantesco para a localidade e que todo mundo será beneficiado. Do lado dos povos locais tem o contraponto de que todo esse desenvolvimento irá causar muito mais danos do que benefícios e que os maiores beneficiários serão as empreiteiras e indústrias locais, não o povo.
Além disso, o documentário ainda mostra a ideia de desenvolvimento a todo custo, escancarando várias manobras de poder feitas pelo governo junto das empreiteiras para que seja possível a construção da usina.
Belo monte e a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismo
O documentário nos apresenta principalmente a luta das populações tradicionais e indígenas contra a construção de belo monte, luta essa que se iniciou na década de 80 e que gerou a proibição de Belo Monte até que o governo Lula decidiu reaver o projeto sem levar em conta a posição das populações que sempre viveram em torno do Xingu.
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