COMPONENTE CURRICULAR: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E SOCIAIS APLICADAS

COMPONENTE CURRICULAR: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

PROFESSORA: DILMA CONSERVA

ALUNO: AGOSTINHO GOMES DO NASCIMENTO FILHO

FAVA, Rui. Trabalho, educação e inteligência artificial: a era do individuo versátil – Porto Alegre: Penso 2018.

Esta é uma resenha critica sobre a obra “Trabalho, educação e inteligência artificial: a era do individuo versátil” do escritor Rui Fava do ano de 2002. Será abordado neste trabalho o capitulo VIII - Novos paradigmas para a educação e para o trabalho. O artigo em questão trata sobre os novos paradigmas para a educação e para o trabalho com ênfase na tecnologia, na neurociência, e na conjuntura mercadológica. Rui fava é formado em administração pela FESP Curitiba, foi Vice Presidente do grupo Kroton Educacional S/A e Reitor da Universidade de Cuiabá.

Paiva inicia o texto com uma analogia de como seria o modus vivendi da chegada do século XXI na visão de alguns autores. Imaginava-se um mundo ligado por cabos e máquinas que proporcionariam uma maior e rápida absorção de informações e conhecimentos, a chamada inteligência artificial. O que de certa forma tornou-se uma quase realidade nos dias atuais, embora as escolas continuem com os mesmos moldes das escolas do século XX, com alunos enfileirados e professores ensinam conteúdos pedagógicos. Os docentes ainda possuem relevante importância no aprendizado dos seus alunos ao passo que estimulam os alunos a aprender um novo conteúdo, fazendo que ocorra no cérebro mutações que provoca alterações no padrão de liberação de neurotransmissores nas sinapses.

Para Paiva a tecnologia tem provocado alterações nesses padrões celebrais. A caligrafia, por exemplo, foi abolida em alguns países, contudo a escrita digital, ainda é usada por jovens como uma moderna forma de comunicação das novas gerações, graças a tecnologia. Escreve-se mais, de forma mais rápida e curte, com isso, jovens estão perdendo a capacidade de da escrita padrão e se tornando muita vezes refém da tecnologia. Para explicar o funcionamento do cérebro na aprendizagem Fava usa a metáfora de ALVAREZ 2015 que assemelha o funcionamento do cérebro a uma abertura de trilas numa floresta. Quanto mais se percorre a trilha, mais larga ela fica e mais fácil de ser encontrada. Mas se não é usada, ela vai desaparecendo, sendo tomada de novo pela mata.

O estimulo ao aprendizado requer do docente uma maior interação com o aluno, não se resume apenas na memorização de estratégias pedagógicas relacionadas aos conteúdos e métodos. Memorizar conteúdos essenciais é bom, importante e primordial para o desenvolvimento do raciocínio e da criatividade. Contudo, não é o suficiente para um bom aprendizado. Na aprendizagem a capacidade de memorizar e raciocinar deverão ser desenvolvidos conforme a demanda e é preciso estimular. Em suma, Fava diz: “memorizar ajuda a raciocinar. E, quanto mais fundamentos retidos se têm, mais elementos para desenvolver o raciocínio, as competências, a criatividade e a inovação”.

Partindo para o mercado, na era industrial as empresas corriam para economizar tempo e aumentar sua eficiência e produtividade. Isso hoje já não é suficiente. As organizações precisam agora interagir em tempo real com seu publico. O mercado agora necessita se reinventar. Com a tecnologia, o livro agora é digital, as faculdades virtuais, o ensino a distancia e essa mudança torna meio que obsoleto o modo de aprender do passado. Em um mundo no qual tudo está escancarado e pode ser compartilhado e integrado, a confiança passar ser fundamental para o sucesso de qualquer empresa. A confiança é o que chamamos de alicerce, a sustentação da empresa e sem ela não há como se consolidar.