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Capitalismo Concorrencial em Ciências Sociais

Por:   •  5/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.707 Palavras (7 Páginas)  •  289 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

ENGENHARIA MECANICA

SOCIOLOGIA INDUSTRIAL

Prof. MARIO HENRIQUE GUEDES LADOSKY

HIGOR RÓGENS DO N. FÉLIX

TRABALHO DE AVALIAÇÃO 1º ESTÁGIO

CAMPINA GRANDE

JANEIRO – 2016

O sistema capitalista, desde suas origens sofreu diferentes transformações, passando de um modelo transitório da crise do feudalismo a um complexo modelo de economia e sociedade. Essas transformações ocasionaram mudanças sociais e territoriais, que refletiram tanto as modificações nas técnicas e nos modelos produtivos quanto mantiveram em si as heranças dessa dinâmica. Dividem a história com base em três fases do capitalismo: o comercial, o industrial e o financeiro (monopolista).

O mundo após as transformações que aconteceram no final do século XVIII e inicio do século XIX, que iniciou na Inglaterra e se espalhou por todo mundo consolidou o capitalismo como modo de produção dominante, esse modo de produção capitalista tornou mundial, como já afirmava Karl Marx.

Pela exploração do mercado mundial, a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo de todos os países. (...) No lugar da tradicional auto-suficiência e do isolamento das nações surge uma circulação universal, uma interdependência geral entre os países. E isso tanto na produção material quanto na intelectual. (...) Com a rápida melhoria dos instrumentos de produção e das comunicações, a burguesia logra integrar na civilização até as nações mais bárbaras. Os preços baratos de suas mercadorias são a artilharia pesada com a qual ela derruba todas as muralhas da China e faz capitular até os povos bárbaros mais hostis aos estrangeiros. Sob a ameaça da ruína, ela obriga todas as nações a adotarem o modo burguês de produção; força-as a introduzir a assim chamada civilização, que dizer, a se tornarem burguesas. Em suma, ela cria um mundo segundo à sua imagem e semelhança (MARX, 1998).

O capitalismo não é uma escolha, pois ele não é uma instituição, ele é uma relação social estabelecida de maneira conflituosa entre o dono do capital e a força de trabalho, embora essa relação seja dominada pela capitalista e sua vontade de acumulação, que é explicada pela mais valia de Marx, a qual é por definição a diferença entre o valor pago ao trabalhador e o lucro acumulado pelo proprietário capitalista, então esse processo de produção que acontece durante a comercialização, esse é modo de produção capitalista para que seja possível a acumulação do capital. E também com a força de trabalho assalariada é outra maneira de ampliar o mercado consumidor, ou seja, criar consumidores dos produtos comercializados, assim fazendo uma circulação.

No capitalismo, o valor de troca de uma mercadoria varia segundo o tempo do trabalho gasto para realizar a sua produção, mas, o que leva em conta não é o trabalho individual, e sim, o tempo de trabalho necessário para fabricar uma mercadoria, o que faz levar em conta a forma de como se produz, a organização do trabalho, as condições de como se produz (lugar, ferramentas, matéria),ou seja, o valor de uma mercadoria tem que se levar em consideração o capital nela empregado.

O valor da mercadoria é estabelecido pelo seu poder de troca durante uma transição mercantil, sendo assim é dado o valor de troca de uma mercadoria pela a outra, se não for assim, ela não tem nenhum valor de troca e sim valor de uso. No livro de Leo Huberman ,A história da riqueza do homem, ele mostra que no tempo feudal o servo cultivava o alimento e fabricava a mobília necessária, mas já havia algumas transições entre as mercadorias, por exemplo, quem precisava de lã  conseguia trocando por vinho. Existia um mercado semanal, onde era a troca de excedentes dos servos, mas era controlada por senhores e bispos , não era intensa a movimentação de trocas, e as estradas eram cheia de saqueadores ou cheio de taxas cobradas pelos senhores por passar por sua terra, famoso pedágio e também tinha outros problemas que influenciavam para não ter um mercado movimentado, sendo assim pouca gente participava.

No capitalismo, um modo de produção mercantil a troca da mercadoria é feita pelo capital-dinheiro, que estabelece um preço entre as outras mercadorias. O uso do dinheiro facilitou e acelerou a circulação de outras mercadorias e também dividiu a atividade comercial em compra e venda, porém se essa atividade de compra e venda não acontecer possivelmente acontece uma crise capitalista, pois isso que faz o dinheiro circular. A mediação de trocas de mercadorias através do dinheiro hoje é uma pratica universal.

A modernização das transações comerciais facilitou as formas de capitalização por parte do capital, possibilitando a criação e reprodução da atividade produtiva. Mas, as condições financeiras eram bastante ruins para os trabalhadores, ao mesmo tempo em que eles são vitimas de qualquer erro de planejamento pelo dono do capital, que se encontra em constantes desafios, por exemplo, a concorrência. O fracasso do empreendimento pode levar a falência e gerar desemprego dos trabalhadores que estavam exercendo aquela atividade. A intensificação do uso do dinheiro e a criação de outras formas (cheque, cartão de crédito e outras), que foram feitas para agilizar e facilitar a circulação das mercadorias colocou o setor financeiro um grande grau de importância para o processo de acumular o capital, a qual o objetivo só se torna possível por uma produção excedente, que é fruto de uma exploração da força do trabalho.

No início do capitalismo, a força de trabalho foi explorada intensivamente através de longas jornadas de trabalho, que variavam entre doze a dezesseis horas. Porém essa forma de adquirir capital  estava sendo prejudicada pelo limite de resistência humana que era exposta a esforços físicos, que levaram os trabalhadores a exaustão, provocando muitos acidentes de trabalho, morte de trabalhadores e também se tornava frequente as paralisações por causa das máquinas quebradas, tudo isso causava prejuízo ao capitalista.

Para superar os problemas que estavam ocorrendo, consequência das longas jornadas de trabalho, os capitalistas procuraram aumentar sua produtividade através de uma maneira racional de controle dos trabalhadores chamado de gerenciamento científico, que é o uso da técnica e da tecnologia no processo de produção. Esse gerenciamento científico estava voltado a dar maior racionalidade na produção de forma que dava para controlar o trabalhador sobre o tempo que ele ia fazer tal tarefa e a forma que ele iria exercer para produzir a tarefa.

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