Ciencia e sociedade

O homem pré-histórico sabia planejar o futuro?

Segundo o autor Domenico de Massi, o fator determinante para o homem começar a planejar o futuro, foi a descoberta da semente. E esta foi uma descoberta feminina, pois as mulheres não podiam participar das caças como os homens devido a constante gravidez. Assim, as mulheres se dedicavam a colheita de frutas, assim descobriram a função das sementes. Logo depois da aplicação da plantação, o homem descobriu a criação de animais, uma atividade bem menos cansativa do que a caça e que oferecia menos riscos, dominando os animais desde seu nascimento.

A agricultura e a pecuária são exemplos da capacidade do homem de planejar o futuro, pois ao contrário do que tava acostumado, ele caçava e consumia naquele momento, agora ele se planeja, garantindo a comida num futuro próximo, pois sabe que trabalhando agora, ele garante a comida daqui a 6 meses.

Nesse momento, descobre-se também a participação do homem na geração dos filhos, possivelmente por observação dos animais. A partir desse momento, deixou-se de seguir o matriarcado e passou-se a instituição do patriarcado, que está acabando nos dias de hoje por conta das técnicas de inseminação artificial e maior participação da mulher no mercado de trabalho.

Outra descoberta foi a da produção em série de algumas garrafas datadas dessa época, que não chegaram a ser usadas, mas que foram fabricadas para o caso de uma eventual necessidade, provando mais uma vez a capacidade do ser humano de se prevenir para o futuro.

Quão profunda é a revolução iniciada no século XVIII?

De acordo com o autor, quando há a descoberta de uma nova fonte de energia, uma nova divisão do trabalho e uma nova organização do poder, estamos diante de um salto de época. E junto com isso, vêm uma nova epistemologia e um novo modo de ver o progresso e o mundo.

Durante o século XVIII há a ocorrência de uma passagem de época, a revolução industrial e com ela, surge uma nova maneira de ver o mundo, nasce o racionalismo. Este novo modo de pensar confia na razão humana para a solução de problemas, ao contrário as idéias anteriores que acreditavam em soluções de problemas através da emoção, religião ou fatalismo. A vida prática do homem não mudou mudou muito em comparação aos seus antepassados, para a maioria das perguntas, os homens ainda respondem com argumentos religiosos ou fatalistas. Porém, nesse século, surge pela primeira vez, a dúvida e a esperança de que o homem possa compreender os fatos para depois administra-los. E para chegar a tal ponto, foi necessário estudar racionalmente.