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Desenvolvimento e Dependência da América Latina

Por:   •  16/9/2019  •  Ensaio  •  4.185 Palavras (17 Páginas)  •  237 Visualizações

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       [pic 1]   Disciplina: Pensamento Social na América Latina

Professora: Ilsyane do RoccioKmitta

Polo: Água Clara

Acadêmicos (as): Jussimara Camargo Marques de Carvalho RGM-39631                                        Ivete Oliveira de Araujo Souza RGM-39630

Desenvolvimento e dependência, marginalização e desigualdade social na América Latina.                                                                        Desenvolvimento e dependência                                                        introdução                                                                                        A America latina é compreendida como sendo uma região do continente americano formada por 20 países e alguns territórios que ainda não são considerados países, mais integram essa lista, com língua derivada do latim, está situada na zona intertropical, onde predominam os climas quentes, com exceção do estremo sul, com grande variação climática e diversidade de formação de vegetais, o que esses países tem em comum e que foram colonizados e explorados,        a chegada de nossos colonizadores aconteceu durante as grandes navegações, aqui encontraram grandes riquezas naturais, e aqui encontraram a chance que procuravam para o enriquecimento europeu, nesse processo usou-se mão de obra escrava, terras indígenas foram tomadas com grande violência, a cultura e a religião européia foram impostas.                                                                                                                                  Contexto histórico: Colonização da América Latina

         Com a chegada dos espanhóis à América em 1492 na expedição liderada por Cristovão Colombo, iniciou-se um grande processo de ocupação desse território. Os conquistadores espanhóis encontraram na América- chamada de Índias por eles, grandes civilizações que possuíam estruturas políticas e sociais bastante complexas, o que conferiu grandes dimensões ao empreendimento espanhol. A chegada dos espanhóis ao continente americano aconteceu durante o processo das grandes navegações que ocorreram a partir do século XV em virtude da necessidade de encontrar novas rotas comerciais para expandir o comércio europeu. Aqueles que se arriscaram a cruzar o Atlântico nesse projeto de expansão procuravam a chance de enriquecimento, principalmente com a obtenção de metais preciosos, como ouro e prata. A violência na conquista da América por parte dos espanhóis foi uma forte característica daquele momento e isso ficou evidente com os relatos do frei Bartolomeu de Las Casas, forte defensor dos indígenas, que agiu em defesa desses povos contra a brutalidade utilizada pelos espanhóis. Durante sua vida, ele escreveu uma série de textos denunciando a violência dos conquistadores e relatando os mais cruéis atos realizados. Segue um trecho de um dos relatos de Bartolomeu de LasCasas: ”Seu lugar- tenente assassinou a muitos índios enforcando-os e queimando-os vivos. Lançando outros aos cães, cortando-lhes as mãos, a cabeça e a língua, estando eles em paz, isto somente para lhes incutir terror a fim de que os servissem e lhes dessem ouro.”

Bartolomeu de Las Casas pisou pela primeira vez o solo americano em 1512 na Ilha de Cuba, a presença espanhola limitava-se praticamente às principais Antilhas; em 1547 quando regressou à Espanha, a ocupação estendera-se ao México, à América Central e boa parte da América do Sul. Algumas décadas de expansão ininterrupta, conduzidas por aventureiros de todas as origens ávidos de riqueza, valeram à Espanha o maior império do mundo.

     A expansão iniciou-se em 1519, com a conquista do fabuloso México dos astecas por Hernãn Cortez, a frente de apenas 500 homens, 10 canhões e 16 cavalos. Seguiu- se em 1531, a conquista do Império Inca, no altiplano andino, pelos 100 homens de Francisco Pizarro. Do México Central e do Peru, os espanhóis impulsionaram seu domínio da Califórnia ao norte do Chile, enquanto, na costa Atlântica fundavam Buenos Aires.

Em 1535, o México, a América Central e algumas das Antilhas, passaram a compor o Vice Reino da Nova Espanha, em 1542 Lima tornou-se o núcleo do Vice Reino do Peru. Os tesouros da América Espanhola estavam longe de se limitar a prata da cidade de Potosí. Dos portos do Pacífico e do Atlântico zarpavam barcos carregados com ouro, pedras preciosas, especiarias e mais tarde, madeira e cobre. Em nada melhorou a vida dos índios toda essa riqueza, principais responsáveis pelo acúmulo, excetuando-se uma pequena parcela reservada às elites locais, integradas por espanhóis e seus descendentes, todo o restante seguia para a Espanha, fazendo inveja aos outros remos europeus, especialmente Portugal.

E apesar dos esforços dos Portugueses na colonização da América Latina, o Brasil, parecia decidido a esconder suas reservas minerais. Organizadas pelo governo, as entradas lançavam-se para o interior, regressando de mãos vazias ou desaparecendo. A riqueza viria com o açúcar, a partir das últimas décadas do século XVI, mas faltava uma Potosí que incendiasse a imaginação dos portugueses, importantes na colonização da América. Dez anos após a conquista espanhola, a população indígena do México havia diminuído drasticamente de 11 milhões para um milhão de habitantes. Esse vertiginoso declínio populacional não decorreu unicamente dos massacres. A altíssima mortalidade entre os indígenas resultou também de outras causas; as pesadas condições de trabalhos forçados, a inferioridade cultural (na verdade de armamento) em relação ao homem branco, e, sobretudo, o efeito devastador das doenças transmitidas pelos europeus. E não se tratava apenas de doenças graves como a tuberculose, o sarampo e a gripe também dizimaram os índios sem defesas para enfrentá-las.

Ao longo do século XVII, a exploração das terras da América Espanhola, prosseguiu com os métodos que já conhecemos. No século seguinte, em 1717, criou-se um terceiro Vice Reino de Nova Granada na Colômbia; em 1776 surgiu o do Rio da Prata, reunindo terras da Argentina, Uruguai e Paraguai. Por essa época, a organização colonial já estava aperfeiçoada. Da Espanha, o Conselho das Índias cuidava das questões referentes às colônias americanas e a Casa de Contratações regulava as importações e exportações do novo mundo.

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