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Dependência E Desenvolvimento Na América Latina: Uma Obra E Dois Presidentes.

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Por:   •  10/12/2013  •  627 Palavras (3 Páginas)  •  440 Visualizações

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Dependência e Desenvolvimento na América Latina é uma das obras de Fernando

Henrique Cardoso que maior repercussão teve nas Ciências Sociais em nível internacional.

Escrita em parceria com o sociólogo chileno Enzo Faletto em 1965/67 no Chile. Nesta

época, os dois sociólogos trabalhavam no Instituto Latino-Americano de Planejamento

Econômico e Social, uma organização das Nações Unidas ligada a Cepal.

Dependência e Desenvolvimento, teria por objetivo: “Esclarecer alguns pontos

controvertidos sobre as condições, possibilidades e formas do desenvolvimento econômico

em países que mantêm relações de dependência com os pólos hegemônicos do sistema

capitalista, mas, ao mesmo tempo, constituíram-se como Nações e organizam Estados

Nacionais que, como todo Estado, aspiram à soberania.” (pp.7)

Os autores pretendem neste trabalho destacar a natureza política e social do

desenvolvimento do continente Latino Americano, já que as preocupações dos economistas

e dos planejadores até então estavam mais voltadas às relações econômicas.

Este trabalho também é fortemente caracterizado por seu ecletismo, sendo feita uma

justaposição de partes da teoria do imperialismo, de corte mais leninista, com partes das

colocações desenvolvimentistas da Cepal, sendo que a análise dialética foi empregada pelo

prisma weberiano: da especificidade do capitalismo dependente associado (parecido com o

capitalismo oriental analisado pelo sociólogo Alemão), em comparação ao capitalismo

ocidental: europeu e norte-americano.

É trabalhada a problemática das classes sociais e as fases econômicas da América

Latina e do Brasil. Sendo estas as seguintes: (a) sistema primário exportador orientado para

fora; (b) sistema de substituições das importações orientado para dentro; e (c)

internacionalização dos mercados nacionais.

Diante destas problemáticas são levantadas algumas hipóteses que pretendem dar

conta de explicar o capitalismo Latino-Americano. Para os autores a estrutura social e

política vai-se modificando na medida em que diferentes classes e grupos sociais

conseguem impor seus interesses, sua força e sua dominação ao conjunto da sociedade.

Dessa maneira, considera-se o desenvolvimento como resultado da interação de grupos e

classes sociais que têm um modo de relação que lhes é próprio e, portanto, interesses

materiais e valores distintos, cuja oposição , conciliação ou superação dá vida ao sistema

sócio-econômico

Entretanto o povo não é um destes grupos transformadores, o povo aparece na obra

como mero espectador ou no máximo figurante das principais decisões nacionais

(Proclamação da República, Abolição da

...

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