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Direito humano

Por:   •  15/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  648 Palavras (3 Páginas)  •  131 Visualizações

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Introdução

O presente documento tem como objetivo apresentar breves informações e orientações a respeito da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no município de Itaboraí/RJ. Levando-se em conta o conhecimento produzido no que concerne ao tema proposto (educação de jovens e adultos trabalhadores), permanecem inúmeras questões relativas ao desenvolvimento desta modalidade de ensino e ao atual estágio do desenvolvimento econômico da cidade. Tal fato reflete diretamente na formação do corpo discente da EJA; nas diretrizes e propostas curriculares vindas do Ministério da Educação (MEC)/Secretaria Municipal de Educação (SEMEC); na gestão escolar e na prática docente.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , no Censo realizado em 2010, a cidade possui cerca de 218.000 habitantes. Na mesma pesquisa, constatou-se um dado bem peculiar: 70.000 pessoas acima dos quinze anos não concluíram o ensino fundamental. De acordo com dados fornecidos pelo setor de matrícula da SEMEC, existem hoje cerca de 2.800 alunos regularmente matriculados na EJA em Itaboraí, em um total de dezessete escolas. Abaixo, seguem três gráficos obtidos em pesquisa realizada no segundo semestre de 2011 , tais gráficos nos esclarecem a situação do público da EJA no que tange a sua faixa etária, o seu gênero e a sua relação trabalhista.

Tendo em vista tais informações, o desafio de pôr em prática as funções reparadora, equalizadora e qualificadora da EJA é dever do poder público, dos profissionais envolvidos, e da comunidade escolar. O público-alvo desta modalidade de ensino no município é enorme (1/3 da população) e isto nos faz refletir no modo pelo qual tal educação deve acontecer, com vistas à formação plena do sujeito em suas múltiplas potencialidades, livre das alienações e mutilações impostas pela divisão do trabalho no atual estágio do desenvolvimento econômico local. Utilizando a História como mediação, somos levados a defender a proposta de que o nosso desafio hoje é implementar políticas públicas efetivas que visem à diminuição das disparidades sócio-econômicas e da concentração de renda, temos como certeza a manutenção da dualidade estrutural da sociedade brasileira. Quando percebemos uma esmagadora maioria de trabalhadores braçais nascidos aqui ou migrantes, contrastando com uma minoria de trabalhadores intelectuais vindos de fora, com o discurso da falta de mão-de-obra qualificada na região, somos impelidos a repensar nossa ação formadora, pois sabemos que precisamos investir na formação técnica e superior – como a necessidade da instalação do Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFRJ); Universidades Públicas e Privadas, Sistema “S”; e não somente no aperfeiçoamento e capacitação de mão-de-obra certificada aligeiradamente.

Temos consciência de que o aluno da EJA é, majoritariamente, aluno-trabalhador. Aluno que retorna à sala de aula com sua história e sua experiência. Aluno este que espera um desenvolvimento sócio-econômico capaz de melhorar sua qualidade de vida e da sua família, o que é perfeitamente possível.

Destas questões, suscitam inúmeras outras, a saber: como encontrar uma zona de interseção entre a formação humana e as demandas do mercado de trabalho? Como nós educadores reagiremos às ações e programas voltados à “capacitação

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