Direitos Humanos e a Nova Constituição
Por: IgorPibiGmailCom • 2/6/2015 • Resenha • 378 Palavras (2 Páginas) • 240 Visualizações
A estabilização do governo aponta, ao mesmo tempo, a nova radicalidade, senão o extremismo, da oposição, tanto quanto a definitiva tomada de posição do petismo, quanto à política de mudança, e, sobretudo, diante da corrupção. O antagonismo extremado isolou da prática totalidade do PSDB movimentos como o do “Brasil Livre”, e os “Revoltados Online”. Vão, até, a acusar de traição Aécio ou FHC, na desistência do pedido de impeachment de Dilma. Consolidou-se, ao mesmo tempo, a certeza de toda a frustração em qualquer volta à praça depois dos minguados resultados do 12 de abril. Mas, de qualquer forma, a estratégia do comando tucano vai a um “cala-boca”. Aceitando a formalização jurídica, vende a investigação de Dilma por crimes contras as finanças públicas ou falsidade ideológica. Mas é em toda a tranquilidade da negação desse desfecho que a Procuradoria-Geral da República, na clareza explícita com que a Constituição veda a incriminação de um presidente por crime estranho ao exercício de seu mandato.
Na outra ponta política, o PT já se deu conta do quanto a nova mobilização vai para além da legenda explícita, e envolve a convocação dos sindicatos, numa larga frente popular. Mas o novo e o essencial, quanto ao foco das acusações, é a mudança radical das condições de financiamento das campanhas eleitorais.
No núcleo de todo o “Lava Jato”, está a retribuição das doações pelo facilitário da contratação das obras públicas à turma do dinheiro empresarial. Os liames deste “boca-a-boca” aí estão, no derrame inédito das propinas da Petrobrás, trazendo aos tribunais uma inequívoca leitura das “linhas da mão”, no simétrico encontro de benesses. Mas o remate deste salto, e de vez, será a própria democracia intrapartidária, na garantia absoluta das eleições diretas para todas as eleições internas do partido. Fica, ainda, a interrogação de se, na renovação da base da legenda, esse voto deverá, também, envolver representação direta dos delegados sindicais.
No pano de fundo, por força, mantém-se a crença, mais do que a aposta, na torna de Lula nas próximas eleições. O risco novo, entretanto, a este horizonte, é de saber-se até quando a massa desse eleitorado, vinda dos beneficiários do “Bolsa Família”, poderão prescindir da nova maturação política da corrupção – vista erradamente como congênita – à mobilidade social, e à clientelização dos recursos públicos.
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