EVA - UM NOVO COMEÇO
Por: RafaelCaian • 4/1/2019 • Resenha • 513 Palavras (3 Páginas) • 170 Visualizações
EVA - UM NOVO COMEÇO
E nesta obra espanhola, entramos em um dilema: pode um dia a vida automatizada substituir a humana?
O filme se passa em sociedade onde a existência de robores extremamente inteligentes, em que realizam diversas tarefas domésticas, tem diversas habilidades, vocabulários extensos, senso de humor e convívio social, é uma realidade. Nesta sociedade, se insere o protagonista que é um grande inventor e teórico da tecnologia robótica, em que ele recebe a tarefa de uma empresa em fazer um novo robô, um nível a mais dos já inventados, em que simularia uma criança que ao mesmo tempo seja muito próxima de uma criança humana mas que seja “ideal”, o que seria uma nova forma de entreter diversas famílias.
E neste contexto, de fazer uma nova vida aos padrões que estabelecemos que entra um conflito ético moral: Se eu posso fazer uma nova vida ao meu gosto através de automação, porque não através da genética? Hoje, existe grandes empecilhos em relação a manipulação gênica em seres humanos, em que para alguns seria um novo passo para a ciência, mas para outros é um passo além do que deve ser dado, em que alguns mais fanáticos religiosos, ou nem tanto, diriam que “O ser humano quer brincar de ser Deus”. Mas, será que os benefícios na criação de um autômato ou de ser escolhido geneticamente sobrepõem a ideia de que interferir em algo que caracteriza a humanidade?
Mas, o que caracteriza a humanidade? Muitos diriam que é a inteligência, a final somos considerados os únicos animais racionais. Contudo, erroneamente muitas pessoas acham que esta “inteligência” está relacionada simplesmente ao saber, ao conhecer. Contudo, na realidade do filme, o saber poderia ser copiado pelos autômatos, muitos tinham grandes conhecimentos e uma vasta memória. Então seria a nossa capacidade única de nos relacionar de forma complexa? Na verdade, isso também foi muito bem replicado. O que realmente nos diferencia é a nosso consciência, é a capacidade imaginativa e inovadora.
Isso é muito bem retratado quando fechamos os nossos olhos, ainda é possível imaginar o mundo e pessoas, idealizar planos, traçar caminhos. E estas características jamais poderiam ser replicadas, devido ao fato de que um autômato estaria preso em um conjunto de possibilidades já predeterminadas em seu sistema, possibilidades dentro de um sistema de vários “zeros” e “uns”. Isso é representado no filme, de maneira inteligentíssima, quando algum programador que dar fim a seu autômato e reiniciar suas experiências ele diz ao robô: “O que você vê quando fecha os olhos?”. Ao contrário do ser humano, um
Robô não é capaz de enxergar o que não lhe foi programado. O ser humano é dotado de uma grande capacidade imaginativa de poder criar, se reinventar. Enquanto um autômato está limitado ao que foi colocado em seu programa. E mesmo no fim do filme, o suposto robô mais semelhante ao ser humano, sucumbe ao ouvir esta frase: “O que você vê quando fecha os olhos?”.
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