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Fichamento do Livro A imaginação Sociológica

Por:   •  3/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  474 Palavras (2 Páginas)  •  258 Visualizações

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MILLS, C. Wright. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro, Ed. Zahar, 1975.

O autor apresenta uma defesa sensata da tradição de análise sociológica clássica, com o propósito de conscientizar, não só os sociólogos, mas a todos os envolvidos, das ligações existentes entre o ambiente social pessoal imediato e o mundo social impessoal que está em sua volta e que contribui para adaptar as pessoas.

É possível imaginarmos a dificuldade dos homens e mulheres modernos em criar um confronto entre a sua biografia e a história, entre o seu eu e o mundo. Dentro dessa circunstância, o homem está em evidência como nunca a transformações históricas rápidas e concretas, onde ele é afetado não mais por sua realidade local, mas sim mundial.

Atingido por mudanças de difícil compreensão, os homens não necessitam apenas de informação e da habilidade da razão para entenderem o que se passa, mas sim de uma característica de espírito que os ajude a usar a informação e a desenvolver a razão para compreender o que os cerca e a sua realidade pessoal.

A imaginação sociológica nos possibilita a compreender o cenário histórico que estamos postos tanto individual quanto coletivamente. E é através da imaginação sociológica que o homem vai entender o que está acontecendo no mundo e com os homens.

Podemos dizer que são dois os pilares básicos onde é fundamentada a imaginação sociológica. O primeiro está relacionado às perturbações dos indivíduos em sua rotina e o segundo parte das questões públicas existentes na sociedade. A imaginação sociológica se caracteriza também por ter uma relevância na construção da ideia da estrutura social e da sua aplicação na ligação de diversas micro realidades.

Para Mills, vivemos o período da inquietação e da indiferença; ele aponta como “o principal inimigo do homem” as forças desregradas da própria sociedade contemporânea e suas mazelas.

Após constatar que cada período histórico tem o seu estilo de pensamento que acaba predominando, o autor sugere a imaginação sociológica como o denominador de nossa vida cultural atual. A visão que os homens fazem da ciência está muito mais ligada a um grupo de máquinas operadas por técnicos e controladas por poderosos do que a um elemento moral criador e a uma nova forma de orientação.

Neste estado de crise em que se encontra a sociedade os cientistas sociais acabam sendo atingidos, ao buscarem sentidos para as suas pesquisas agem de forma inquieta, e os seus trabalhos se apresentam de maneira inexpressiva. Com o intuito de reverter esta situação é proposto que as ciências sociais não sejam um corpo de técnicas burocráticas que inibem, obscurecem e vulgarizam a pesquisa social e não tem ligação com as questões de relevância pública.

Consoante o autor, cientistas sociais passam por uma oportunidade singular e é nessa que está revelada a promessa intelectual das ciências sociais, os usos da imaginação sociológica e o sentido político dos estudos do homem e da sociedade.

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