Juventudes, identidades e seu papel na democratização da educação
Por: Palloma Rodrigues • 29/6/2019 • Projeto de pesquisa • 2.163 Palavras (9 Páginas) • 230 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
JUVENTUDES, IDENTIDADES E SEU PAPEL NA DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO.
PALOMA DE OLIVEIRA ROCHA
2017340268
RIO DE JANEIRO
JULHO - 2019
PALOMA DE OLIVEIRA ROCHA
Juventudes, identidades e seu papel na democratização da educação.
Projeto de Pesquisa apresentado a Profa. Flávia Vieira, na disciplina Tutoria em Monografia, como requisito parcial para elaboração da monografia de conclusão do curso de graduação em Ciências Sociais, tendo como orientadora de conteúdo a Profa.Elisa Guaraná .
RIO DE JANEIRO
JULHO - 2019
SUMÁRIO
1- CAMPO PROBLEMÁTICO E REVISÃO TEÓRICA......................................................4
2- OBJETO E OBJETIVOS...............................................................................................5
3- JUSTIFICATIVA............................................................................................................6
4- METODOLOGIA............................................................................................................7
5- CRONOGRAMA............................................................................................................8
6- BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................9
7- ANEXOS.....................................................................................................................10
1- CAMPO PROBLEMÁTICO E REVISÃO TEÓRICA
Muito tem se falado acerca do papel do jovem na sociedade, alguns se arriscam em dizer que eles são o futuro da nação, enquanto outros os entendem como irresponsáveis por natureza. Mas, afinal, o que é ser jovem? Segundo o Estatuto da Juventude instituído pela Lei no 12.852/2013, jovem são as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade. No entanto, essa marcação etária se mostra problemática quando começamos a ouvir os jovens pelos outros e por eles mesmos, assim, é possível entender que ser jovem estaria muito ligado a uma classificação identitária.
Em A Juventude é apenas uma palavra, Pierre Bourdieu relativiza a classificação etária dizendo que sempre seremos o jovem ou velho de alguém, desse modo, tais classificações não são dadas, mas construídas socialmente na luta entre elas. O autor defende que as relações entre a idade social e a idade biológica são muito complexas, pois cada campo possui suas leis específicas de envelhecimento, assim “o fato de falar dos jovens como se fossem uma unidade social, um grupo constituído, dotado de interesses comuns, e relacionar estes interesses a uma idade definida biologicamente já constitui uma manipulação evidente” (BOURDIEU, 1983). Desse modo, seria preciso refletir sobre como e porque uma pessoa se identifica ou não enquanto jovem.
Acredito que são muitos os fatores que podem levar uma pessoa a se considerar jovem e, que a juventude jamais poderia se tratar de uma categoria singular. Tais considerações se tornam mais evidentes quando falamos do jovem no Brasil, um país tão diversificado e, ao mesmo tempo, desigual. Diante disso, é preciso entender a unidade jovem enquanto inexistente e passar a entendê-los no plural, desse modo, compreendendo a existência de suas múltiplas identidades em face dos diversos marcadores sociais que os diferenciam.
São vários os fatores que os unem e os separam, como seus hábitos, práticas culturais, circulação social, que compõe uma complexa rede de significados e assim formam diversos grupos juvenis. É nesse sentido que, Luiz Carlos Gil Esteves e Miriam Abramovay, em Juventude, Juventudes: pelos outros e por elas mesmas, entendem a categoria como:
“produção de uma determinada sociedade originada a partir das múltiplas formas como ela vê os jovens, produção na qual se conjugam, entre outros fatores, estereótipos, momentos históricos, múltiplas referências, além de diferentes e diversificadas situações de classe, gênero, etnia, grupo etc” (ESTEVES, ABRAMOVAY, 2017).
Para além de entender as diversas multiplicidades do que é ser jovem, me interessa falar aqui sobre uma identidade específica, o jovem enquanto ator político. Em A Juventude no olho do furacão: identidades, repertórios e organizações de juventude no Brasil, segundo a análise de Elisa Guaraná, pode-se compreender essa identidade como recente, intensa e complexa, uma vez que é acionada em formas organizativas e representativas diversas. (GUARANÁ, 2018). Assim, entendo o jovem como ator político não só aquele que participa da política no seu sentido mais formal, como em partidos, sindicatos, movimentos, etc, mas também aquele que é protagonista na construção de mudanças sociais. Nesse sentido, me proponho a falar de um dos perfis da juventude, o jovem enquanto ator político e social no processo da democratização da educação.
2- OBJETO E OBJETIVOS
O jovem adquiriu diversas categorias pelo olhar dos outros ao longo dos anos, entre elas, a de subalternidade e irresponsabilidade. Talvez porque muitas pessoas não consideram a juventude como uma etapa da vida, mas sim, uma etapa de transição de fases, ou seja, a passagem da infância para a vida adulta. A partir disso, busco explicitar aqui que é preciso entender o jovem como protagonista de sua própria fase da vida, a juventude. Se afastando dos estigmas e descredibilidade que permeiam sobre essa categoria, quero entendê-los como atores que estão mudando a sua própria realidade e a realidade dos outros.
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