O ASSUNTO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO FILME E RELACÃO COM CONCEITOS DE FILOSOFIA.
Por: Fernandesgih • 20/10/2019 • Trabalho acadêmico • 576 Palavras (3 Páginas) • 147 Visualizações
O filme “O Show de Truman” conta a história de Truman Burbank, um vendedor de seguros que leva uma vida tranquila ao lado da esposa Meryl Burbank, porém o que ele não imagina é que ele é astro de um programa em que o público o viu nascer e crescer. Este show televisionado mostra 24 horas por dia a sua rotina em todo o mundo, todos que estão a sua volta sabem disso menos ele.
Contudo, o seu modelo de vida perfeito é rompido quando Truman percebe que há algo de errado, começando uma busca incessante para descobrir a verdade , e poder finalmente viver sua vida, mas é constantemente interrompido pelos autores para que não descubra a verdade, isso tem seu estopim quando encontra seu pai - que até então estava morto, após um acidente de barco que ambos sofreram quando Truman era pequeno - em trajes de mendigo, porém ele é rapidamente retirado de sua frente por dois cidadãos. A partir disso, ele começa a questionar sua vida, percebendo que a maior parte da cidade parece girar em sua volta, com as mesmas situações ocorrendo topos os dias, o instigando ainda mais o seu desejo de sair da ilha Seaheaven para encontrar um antigo amor e morar nas Ilhas Fiji.
A ênfase do filme é que o mundo em que Truman vive o afugenta, de maneira com que todas as propagandas exibidas no show o mantém naquele mundo fictício , como por exemplo as agências de viagem que mostram apenas os perigos que há lá fora, a esposa e o amigo Marlon sempre o incentivam a ser como ele é, a morte trágica do pai que o fez ter uma fobia do mar. Tudo isso era manipulado para que Christof - o diretor do programa - pudesse obter veracidade dos sentimentos ali expostos e é isso que fazia o programa ter sucesso mundial, como ele cita à Truman “você é real, por isso as pessoas gostam de assisti-lo” Observamos que existe uma relação de moralidade visto que Turman foi capaz de amar mais a verdade do objeto o qual buscava - reencontrar Sylvia - do que o seu apego às opiniões já formadas sobre ele, indo atrás da verdade e mantendo uma postura de sinceridade com a realidade, já que continuou a procurar maneiras de se dispersar daquela situação.
Dentro deste contexto, ao aceitar tudo ao seu redor e ter como premissa que tudo estava certo apenas por já fazer parte da sua rotina, Truman foi imposto a não ter uma visão realista dos fatos, uma vez que o realismo privilegia a observação global e conhecer a realidade como ela é, e foram projetados no personagem pensamentos, ideias e preceitos, como enuncia Christof em uma das cenas ao dizer “aceitamos a realidade do
mundo no qual estamos presentes”. Quando Truman questiona o que está ao seu redor e fica determinado a descobrir a verdade, a procurar, conhecer e realizar seu sonho de ir até as Ilhas Fiji, ele passou a ter uma visão realista do mundo perfeito no qual estava inserido e, assim, ele decidiu abandoná-lo para encarar o “mundo real”.
Na cena final, apesar do diretor argumentar que conhecia Truman melhor do que ele mesmo - e que o mundo criado por ele proporciona verdades que o mundo “lá fora” não tem - seu desejo pela liberdade era tão profundo que ele estava preparado para arriscar sua vida e superar seus maiores medos para encarar o mundo real.
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