O ETNOCENTRISMO E O ROMPIMENTO DE ESTIGMATIZAÇÕES
Por: Fernanda Mazza • 27/5/2020 • Trabalho acadêmico • 811 Palavras (4 Páginas) • 159 Visualizações
UNIGRANRIO
O ETNOCENTRISMO E O ROMPIMENTO DE ESTIGMATIZAÇÕES.
Nova Iguaçu – Rio de Janeiro
2020
O ETNOCENTRISMO E O ROMPIMENTO DE ESTIGMATIZAÇÕES.
O trabalho com base na unidade 1, apresentado a professora _____________ referente a disciplina “Sociodiversidade, Responsabilidade e Comprometimento Social”, como um dos requisitos parciais para aprovação.
Nova Iguaçu – Rio de Janeiro
2020
INTRODUÇÃO
O texto a seguir visa expor o significado de etnocentrismo, seu surgimento e desdobramento na sociedade brasileira. Também diz respeito a intolerância religiosa, que é uma forma de violência e derivou-se, de certa maneira, do etnocentrismo. Ao longo da leitura é exposto um caso de intolerância religiosa ocorrido recentemente e como a Lei 11.645/2008, contribui para romper com o processo de estigmatização das religiões de matriz africana.
DESENVOLVIMENTO
O etnocentrismo “é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.” (ROCHA, 1984, pág. 7)
No Brasil, a ideia de etnocentrismo surgiu principalmente por meio da colonização, que trouxe consigo um viés de supremacia sobre o povo que anteriormente residia nas terras brasileiras. Eles impuseram suas ideias, costumes e cultura sobre os habitantes que já tinham seus próprios modos de viver e ser.
Desde então, o etnocentrismo fixou-se e estabeleceu relações com outros elementos parecidos, mas com significados opostos, tais como: o racismo, a xenofobia, o preconceito e a intolerância religiosa.
A intolerância religiosa foi um dos principais agravantes do etnocentrismo europeu sobre a cultura brasileira, visto que, os colonizadores preocuparam-se em imediatamente batizarem os índios perante os princípios da igreja católica, sem dar importância ao fato de que os índios já tinham seus próprios princípios.
No continente africano houve o mesmo “procedimento”, os colonizadores obrigaram o povo africano a fazerem muitas coisas, entre elas, a se tornarem escravos e revogarem suas religiões e costumes. Entretanto, mesmo com toda essa imposição recorrente, as culturas e religiões africanas e indígenas são extremamente importantes e presentes na atual conjuntura brasileira.
Infelizmente a intolerância religiosa, principalmente sob as religiões de matrizes africanas, vêm sendo cada vez mais recorrente nos dias atuais. Pessoas que fazem parte de outros meios religiosos, discriminam e atuam violentamente contra esses indivíduos pelo simples fato de eles cultuarem uma religião que não se
“encaixa” no padrão estereotipado e estabelecido.
No dia 11 de julho de 2019, no estado do Rio de Janeiro, um terreiro de candomblé foi invadido e depredado. De acordo com o babalaô Ivanir dos Santos – interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) – as intimidações são continuas e aproximadamente quinze casas nos últimos dois anos passaram por essa experiência horrível de serem vandalizadas. O caso foi registrado pela polícia civil na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, e também foi encaminhado ao ministério público.
Em março de 2008, foi vigorada a Lei 11.645/2008, que traz a obrigatoriedade ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Indígenas. Essa lei é extremamente importante por buscar essa “conscientização” desde o ensino fundamental, onde as crianças ainda estão formando suas opiniões, e desconstruir o pensamento que algumas delas já possuíam sobre a cultura e religião dos negros e indígenas. Além de ressaltar a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Colaborando assim, para uma nova forma de pensar e acolher esse povo que tanto contribuiu para a formação da sociedade em que vivemos hoje, além de visar o rompimento das estigmatizações.
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