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O SIGNIFICADO SÓCIO HISTÓRICO DA PROFISSÃO

Por:   •  12/8/2017  •  Resenha  •  700 Palavras (3 Páginas)  •  2.299 Visualizações

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Resenha: O significado sócio histórico da profissão  

Yazbek apresenta as particularidades históricas do processo de institucionalização e legitimação do Serviço Social no Brasil, tomando como ponto de partida a reconstrução teórica do significado social da profissão na sociedade capitalista. O texto é constituído por quatro partes que se complementam. De acordo com a autora, a Produção capitalista é entendida como a reprodução da totalidade da vida social, o que engloba não apenas a reprodução da vida material e do modo de produção, mas também a reprodução espiritual da sociedade e das formas de consciência social através das quais o homem se posiciona na vida social.

Yasbek, assegura em relação às necessidades de sobrevivência dos que vivem do trabalho, o Serviço Social foi considerado como uma especialização do trabalho coletivo, dentro da divisão social e técnica do trabalho, participa do processo de (re) produção das relações sociais. O desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais que participam desse processo determinam novas necessidades sociais e novos impasses que possam a exigir profissionais qualificados para o seu atendimento. Sendo expressão de necessidades sociais no ato de produzir e reproduzir os meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada.

O Serviço Social não é uma profissão inscrita, entre atividades que estão diretamente vinculadas ao processo de criação de produtos e de valor. Embora não ocupe uma posição na produção de fato, não significa que ele seja excluído do processo de produção social. Devemos lembrar que o alvo predominante do exercício profissional é o trabalhador e sua família, alvo mais vital e significativo do processo de produção. O assistente social é caracterizado como um trabalhador assalariado assim como qualquer outro, que utiliza da venda de sua força de trabalho a entidades empregadoras, em troca de um salário. O profissional de Serviço Social é considerado um intelectual, cujo papel é conscientizar e contribuir na luta pela direção social e cultural das classes na sociedade. Sendo assim, é caracterizado como um organizador, dirigente, construtor, persuasor permanente que coloca sua capacidade a serviço da criação de condições favoráveis à organização da própria classe a que se encontra vinculado.

O Serviço Social não é Ciência, mas isso não exclui a possibilidade e necessidade de o profissional produzir conhecimentos científicos e assim contribuir para os acervos das ciências humanas e sociais, numa linha de articulação entre teoria e prática. As demandas e particularidades do trabalho profissional na sociedade brasileira no conjunto desta ação profissional institucionalizada, o/a assistente social é reconhecido como o/a profissional de ajuda, auxilio, assistência, da gestão de serviços sociais, do desenvolvendo uma ação pedagógica, da distribuindo recursos materiais, atestando carências, realizando triagens, conferindo méritos, orientando e esclarecendo a população quanto a seus direitos, aos serviços, aos benefícios disponíveis, administrando recursos institucionais.

Recentemente o Serviço Social brasileiro enfrenta novas demandas, atribuições e competências, na divisão social e técnica do trabalho coletivo, o assistente social vem sendo demandado como gestor e executor, de Políticas Sociais, no âmbito de organizações públicas e privadas, operando sob diversas perspectivas: da gestão social à prestação de serviços e à ação socioeducativa e político-ideológica.

 A profissão como especialização do trabalho coletivo na atualidade, enfrenta a necessidade de renovação e mudança. Na atual conjuntura de precarização e subalternização do trabalho à ordem do mercado e de mudanças nas bases da ação social do Estado, as manifestações "questão social", matéria-prima da intervenção profissional dos/as assistentes sociais, assumem novas configurações e expressões, entre as quais Yasbek (2009) destaca: a insegurança e vulnerabilidade do trabalho e a penalização dos trabalhadores, o desemprego, o achatamento salarial, o aumento da exploração do trabalho feminino, a desregulamentação geral dos mercados e outras tantas questões com as quais os/as assistentes sociais convivem em cotidiano . Diante deste quadro, ganham evidências as defesas de alternativas privatistas para a "questão social", crescem as ações no campo da filantropia e as organizações não governamentais, sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, envolvidas na construção de uma esfera de interesse público, não estatal.

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