"O que é sociologia" a sociologia no contexto histórico de seu surgimento
Por: Lindson Sousa • 2/2/2016 • Resenha • 1.155 Palavras (5 Páginas) • 1.376 Visualizações
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. São Paulo: editora brasiliense.34ª edição.1993
Resenha[pic 1]
Lindson de Sousa da Silva[pic 2]
Em O Que é Sociologia, o autor Carlos Benedito Martins, procura descrever e situar a sociologia no contexto histórico de seu surgimento, bem como, a formação e seu desenvolvimento. No livro, ele, relata que no princípio a sociologia foi resultado da tentativa de compreender as situações provocadas pela nascente sociedade capitalista. Martins nos explica que os exagerados interesses econômicos e políticos foram elementos bases na formação do pensamento sociológico.
Em seguida, no primeiro capítulo, intitulado de “o surgimento” o autor se dedica a descrever as situações e contexto histórico do nascimento da sociologia. Martins, esclarece que o surgimento da sociologia se desenrola na consolidação da sociedade capitalista por volta do século XVIII. Sendo este século que ocorreram as revoluções industrial e a francesa, que por sua vez constituíram a sociedade capitalista, possibilitando o surgimento da sociologia, embora, este termo tenha sido usado apenas em 1930.
Com a organização de atividades sociais, o desaparecimento de pequenos proprietários rurais, dos artesãos, determinação de horas prolongadas no trabalho, surgimento do proletário, a sociedade se tornou então em um problema e um objeto a ser estudado. E os pensadores que se dedicaram não eram de fato sociólogos, mas sim homem liberais, conservadores e socialistas.
O autor relata, que a então recente ciência, objetivava abarcar e repensar os problemas de cunho social, isto é, oriundos de instituições, da família, etc. .
Houve, portanto, a oficialização da sociologia que parte do mérito se deve ao positivismo. A sociologia positivista buscou constituir uma teoria adversa da filosofia negativa e da economia política, buscando criar um objeto próprio: o social. No entanto, esta sociologia positivista, não abarcará os fundamentos e questões da sociedade capitalista; nela o proletariado não obteve expressão e orientação para lutas práticas.
Findando essa parte, o autor relata que a sociologia foi uma tentativa de reflexão que buscou entender a sociedade moderna. Com o desejo de intervir na civilização, suas elucidações dominaram intervenções práticas, isso tendo de manter ou alterar os fundamentos da sociedade.
No segundo capitulo, o autor dedica-se a descrever a formação da sociologia. Por vez colocada como uma ciência de muitos métodos, mas que não produz resultado, a sociologia, teve divisão por antagonismo, causando desentendimento entre os sociólogos em relação a sua própria ciência. Dessa maneira, variados entendimentos originaram diferentes tradições na sociologia. Dentre essas tradições, uma se comprometeu em defender a ordem instalada pelo capitalismo, encontrando no pensamento conservador inspiração para formular seus conceitos. Criticando a modernidade, os conservadores elaboraram uma nova teoria sobre a sociedade, centralizando o estudo nas instituições sociais e suas contribuições para a ordem social.
Os primeiros pensamentos socialistas, serão encontrados apenas nas obras de Saint-Simon (1760-1825), isto viria a ser as sementes de ideias do socialismo.
Para ele, a ciência poderia executar função semelhante de conservação social assim com a religião no período feudal. Dessa maneira, era vital para a nova ordem social a ciência da sociedade.
Martins em seguida, relata que o positivismo buscou oferecer a sociologia uma orientação para sua própria formação, que ela assim poderia realizar suas pesquisas de maneira semelhante a astronomia ou a física, afim de realizar descobertas. Relata-nos, também, que Comte considerava a “ordem” e o “progresso” elementos fundamentais da sua sociologia positiva.
Foi Durkheim que constituiu e indicou o objetivo e o método de pesquisa da sociologia, possibilitando seu reconhecimento acadêmico.
Com os fenômenos na realidade que se diferenciavam dos abordados por outras ciências, a sociologia deveria torna-se independente, impedido a confusão de seu objeto, com a biologia ou a psicologia. A sociologia deveria, dessa maneira, deveria se preocupar com os fatos sociais que se expõem aos indivíduos. Também, deveria encontrar e solucionar os problemas de cunho social afim de restaurar a normalidade social da sociedade.
Já a preocupação do positivismo foi a conservação do capitalismo e sua ordem, em contrapartida o pensamento socialista procurou fazer críticas radicais a esse movimento histórico.
O socialismo pré-marxista, foi, portanto, uma reação direta das condições advindas do capitalismo, especialmente às relações de exploração. Marx e Engels, apontaram as ideias da literatura socialista, não deixando de fazer algumas críticas a este socialismo no objetivo de aperfeiçoa-lo.
Engels, diz Martins, postulava que a realidade era fruto do pensamento ou do espirito. As ideias, para ele, os fenômenos são projeções advindas do pensamento.
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