Os Zoológicos Humanos
Por: erikaaaaaaaaaaa • 19/2/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 585 Palavras (3 Páginas) • 153 Visualizações
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
ANTROPOLOGIA I
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Pesquisa: Zoológicos Humanos
2019.2 - T04
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
ANTROPOLOGIA I
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SÃO CRISTÓVÃO
SERGIPE - BRASIL
2019.2
INTRODUÇÃO.
A história das sociedades é marcada, sobretudo, pelo etnocentrismo presente nas relações humanas. Etnocentrismo é um conceito antropológico que designa uma forma de analisar outra etnia com base na própria etnia, ignorando a alteridade e estabelecendo a sua própria cultura como ponto de partida e referência para quantificar e qualificar as outras culturas. Na colonização brasileira, por exemplo, os indígenas eram vistos pelos portugueses como inferiores, povos selvagens e não civilizados por apresentarem uma cultura totalmente distinta, tal como costumes e uma cor de pele diferente. Ademais, esse ponto de vista antiquado desencadeou acontecimentos terríveis e desumanos, tal como os conhecidos zoológicos humanos, os quais foram um dos eventos mais vergonhosos da Europa e só terminaram nos anos 1950.
ZOOLÓGICO HUMANO: CONCEITO E OCORRÊNCIAS.
Os zoológico humanos eram exposições, como sugere o nome, de pessoas, majoritariamente africanas, mas também indígenas, asiáticos e aborígenes, aprisionados em jaulas, expostos literalmente feito animais, obrigados a reproduzir marcas de suas culturas – como danças e rituais –, a desfilar nus e carregar animais para o deleite da população de países europeus e dos EUA. Esses chamados “zoológicos humanos” eram bastante populares na Europa e na América do Norte ao longo do século XIX e início do século XX.
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A ideia de incentivar exposições de povos exóticos surgiu paralelamente em muitos países europeus para satisfazer um público ávido de distração. Não obstante, o percursor de mais relevância desses ‘etno-shows’ foi um vendedor de animais selvagens denominado Karl Hagenbeck, o qual decidiu apresentar, aos visitantes, nativos de Samoa e da Lapônia como populações “genuinamente naturais”. O sucesso desses espetáculos zoológicos foi imediato por toda a Europa.
“Vários outros lugares iriam rapidamente apresentar os mesmos “espetáculos” ou adaptá-los para fins políticos, a exemplo das exposições universais parisienses de 1878 e de 1889 (com a torre Eiffel, como “atração máxima”), que tinham como principais atrações uma “aldeia negra” e 400 figurantes “indígenas”; a de 1900, com seus 50 milhões de visitantes, além do famoso diorama “vivo” de Madagascar; e ainda, mais tarde, as exposições coloniais de Marselha, em 1906 e 1922, e também as de Paris, em 1907 e 1931.” (Os jardins zoológicos humanos. Nicolas Bancel, Pascal Blanchard, Sandrine Lemaire (agosto 1, 2000))
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