PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO, POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES[pic 1][pic 2]

PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO, POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL

Aluna: Elenilza Santana dos Santos

        

Módulo IV – Pobreza e currículo: uma complexa articulação

MEMORIAL

O presente memorial tem como objetivo a realização de um breve resumo da etapa percorrida no Módulo 4, que tratou do tema Pobreza e currículo: uma complexa articulação. A finalidade é, além de elencar os assuntos discutidos, discorrer sobre os mesmos e mencionar os impactos deste estudo e das discussões nos encontros presenciais do curso em minha vida.

O módulo inicia com o debate sobre o conceito de currículo. Explica que o termo comumente está associado às disciplinas a serem ofertadas em cada série, porém, implica também na disseminação de uma cultura e de parâmetros comuns. Deste modo, a compreensão que temos de currículo é determinante para as ações pedagógicas que empreendemos.

O módulo traz ainda uma atividade muito interessante, onde escolhi analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais, o que proporcionou a ampliação de meu entendimento sobre esta questão, tão importante pois rege todo o sistema de ensino do país, seja ele público ou privado.

Deste modo, pude compreender que um desafio importante das Diretrizes Curriculares Nacionais é atenuar ou eliminar o distanciamento existente entre as várias propostas pedagógicas e a sala de aula, sendo assim ele possui uma base nacional comum e uma dimensão diversificada, que é construída pelo diálogo entre a escola e seu espaço social, político, ambiental e cultural. A pobreza é uma questão tratada no documento em questão e ele propõe combatê-la a partir do investimento na educação.

As discussões do módulo nos instigam a pensar numa articulação entre pobreza e currículo. Como essas duas questões interagem entre si?  Podemos pensar nas duas de forma desvinculada?

A importância das diretrizes nacionais é inegável para o sistema de ensino, porém, entendo que é necessário falar sobre a pobreza, levando este tema para as salas de aula. Os educandos precisam conscientizar-se acerca da existência de desigualdades sociais, os motivos que ocasionam e suas consequências. As escolas precisam fomentar o debate sobre as questões sociais existentes no Brasil e no mundo, formando assim cidadãos críticos e engajados politicamente. A meritocracia precisa ser debatida, pois as pessoas não podem continuar sentindo-se culpadas por não conseguirem acessar cursos, universidades, entre outros.

A meritocracia contribui para a desigualdade e para a aceitação das condições que nos são impostas. É como uma corrida de obstáculos onde todos os competidores saem de uma mesma linha de partida, encarando obstáculos análogos sob condições de tempo e treinamento iguais. A sua colocação no final da corrida dependerá única e exclusivamente de seu esforço e capacidade. Conduzindo essa metáfora para a realidade, a corrida corresponde ao desenvolvimento da vida social e profissional do indivíduo (abrangendo seu processo de formação escolar), enquanto que a posição final se reflete em termos de categorias socioeconômicas e de possibilidades de acesso a bens e serviço, ou seja, a uma classe social determinada.