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Paralisia Cerebral: Aspectos Conceituais

Por:   •  9/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.522 Palavras (7 Páginas)  •  895 Visualizações

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ÍNDICE         

INTRODUÇÃO        

Paralisia Cerebral: Aspectos Conceituais        

Causas        

Sinais e sintomas        

Factores que influenciam o desenvolvimento da criança.        

Factores de risco        

Etiologia        

Diagnóstico        

Tratamento        

CONCLUSÃO        

REFERÊNCIAS        

INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz uma abordagem exaustiva sobre a paralisia cerebral (PC), sendo a PC qualquer lesão no cérebro em desenvolvimento que cause dano permanente e não progressivo, que afecte a postura ou o movimento da criança.

Importa referir ainda que, a comunicação expressiva, receptiva e a habilidade de interacção social podem estar afectadas na paralisia cerebral por distúrbios primários ou secundários. Entre as alterações comportamentais e mentais podem ocorrer distúrbios do sono, transtornos do humor e da ansiedade.

Através deste trabalho se pretende ainda que, os estudantes tenham de forma consciente o conhecimento sobre a PC, as precauções a tomar e os cuidados a ter com as crianças.

Para a elaboração do presente trabalho foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, que consiste na leitura de obras, documentos de diversos autores relacionados ao tema em destaque.

Paralisia Cerebral: Aspectos Conceituais

Não existe um conceito específico sobre PC, isto pode ocorrer devido à etiologia e manifestações clínicas variadas. Desta forma, o termo PC se refere ao grupo de condições crónicas que têm como denominador comum a anormalidade na coordenação de movimentos, isto é, transtorno do tônus postural e do movimento. (CÂNDIDO, 2004)

Bobath definiu a PC como sendo: resultado de uma lesão ou mau desenvolvimento do cérebro, de caráter não progressivo, e existindo desde a infância.

Katherine e Ratliffe (2002) também definem o problema como sendo qualquer lesão no cérebro em desenvolvimento que cause dano permanente e não progressivo, que afecte a postura ou o movimento da criança.

A paralisia cerebral trata-se de uma perturbação complexa que pode compreender vários sintomas, a saber: alteração da função neuromuscular com défices sensoriais, ou não, dificuldades de aprendizagem com défice intelectual ou sem ele e problemas emocionais.

Causas

  • Causas pré-natais;
  • Causas neonatais ou perinatais;
  • Causas pós-natais

As causas pré-natais actuam desde a concepção até ao início do trabalho de parto tem como factores: infecções intra-uterinas (especialmente virais), as intoxicações (agentes tóxicos, medicamentosos), exposição a radiações, uso de drogas, tabagismo, álcool, desnutrição materna, alteração cardiocirculatorias.

 

As causas neonatais ou perinatais - Estas causas são responsáveis por ocorrer desde o começo do trabalho de parto até ao nascimento Parto prolongado, trauma durante o trabalho de parto, prematuridade associada a hemorragia intraventricular, traumatismo durante o parto, infecção no sistema nervoso central, baixo peso ao nascer.

 

As causas pós-natais – actuam desde o nascimento até à maturação do sistema nervoso (2-3 anos). Estas lesões podem ou não apresentar-se nos primeiros dias de vida. Infecções no Sistema Nervoso Central como as encefalites e meningites, paragem cardíaca, problemas metabólicos, hemorragia intracraniana, traumatismo crânio-encefálico, ingestão de substâncias tóxicas.

Sinais e sintomas

Os sinais precoces normalmente aparecem antes dos 18 meses e, habitualmente, são os pais os primeiros a suspeitar de alterações no desenvolvimento motor do seu filho.

Suspeita-se de Paralisia Cerebral quando ocorrem os seguintes sinais: Ausência de controlo da cabeça; Lentidão na aquisição das aprendizagens de rolar, sentar, sorrir, mastigar; Membro inferior em tesoura ou rígidos quando se tenta sentá-lo; Não tem equilíbrio sentado; Manter as mãos fechadas após o primeiro mês; Preferência manual muito precoce; Incoordenação dos lábios, língua; Não reage aos sons; Não vocaliza ou faz vocalizações pobres e reduzidas; Engasga-se com frequência; Não estabelece qualquer tipo de interacção; Não se interessa pelo que o rodeia nem tenta pegar em nenhum objecto; Não responde ao nome; Não brinca.

No entanto, estes sinais e sintomas variam de criança para criança.

Uma lesão no cérebro pode afectar outras funções para além das motoras; com alguma frequência, os problemas motores podem estar acompanhados por alterações da linguagem; audição; visão; desenvolvimento mental e intelectual; problemas de personalidade, atenção e percepção. (Gil Munoz et al,1997).

Factores que influenciam o desenvolvimento da criança.

Dentre os factores de risco, que aumentam a probabilidade de défices no desenvolvimento motor, o nível socioeconómico da família é um factor que pode interferir no desenvolvimento.

Segundo Victora (1992) algumas pesquisas evidenciaram a importância dos factores socioeconómicos na determinação da saúde da criança. Tem-se considerado a educação da mãe e a renda familiar como elementos básicos, por serem indicadores de recursos disponíveis e conhecimento ou comportamento em relação à saúde da criança.

As crianças com paralisia cerebral também se desenvolvem, só que num ritmo mais lento, contudo o seu desenvolvimento não é apenas atrasado, mas é desordenado e prejudicado, isso por consequência da lesão cerebral (Bobath, 1989). Portanto, como há desenvolvimento, consequentemente ele pode ser influenciado por factores de risco.

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