Por uma Escola DE Futuro

Por uma escola DE futuro

Flávio Domingues

Quem pode discordar de que a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação? É aumentando os conhecimentos que um indivíduo cresce e projeta para si um futuro promissor. É na escola que está esse conhecimento indispensável, principalmente na escola de base que é a plataforma inicial para as abertura do mundo de todas as ciências.

Porém a realidade da escola pública brasileira mostrada na mídia em muitas reportagens sobre o assunto trazem imagens chocantes de prédios que não respeitam padrões mínimos exigidos pelo MEC, professores mal remunerados, merenda escolar roubada, pais insatisfeitos e alunos que não aprendem.

Não sou profissional da área de educação, não posso falar com a alma dos pedagogos. Não tenho o conhecimento dos construtivistas de Jean Piaget e do incansável em aprender, conhecer, estudar e ensinar de Paulo Freire ou de muitos outros mestres que lutaram e lutam por uma educação transformadora. Entretanto, posso falar como engenheiro, aquele que está apto a projetar ambientes confortáveis, seguros. De que precisa uma boa escola? Profissionais de educação competentes e engajados não nos faltam. Ambientes adequados à acessibilidade, salas de aula agradáveis, climatizadas, bem iluminadas, com carteiras confortáveis. Banheiros limpos, biblioteca com vasto acervo. Espaço amplo para o esporte e lazer. Parques, pátios, refeitório. Tudo isso para receber os tantos projetos em educação, incluindo os de educação integral e interdisciplinar.

Essa é a escola de que o Brasil precisa: a escola DE futuro, ou seja, que garanta, realmente, o futuro da nação. A escola que traga autoestima, que desperte no aluno a vontade de frequentá-la, de passar o dia inteiro lá. Não podemos mais esperar pela escola do futuro, pois este já chegou para o nosso país, o que exige qualidade nas ações pela educação desenvolvidas pelo poder público!

Compartilho os versos de Caetano Veloso, da canção “Haiti”, os quais me vieram imediatamente à memória, mediante isso tudo, para reflexão de todos: “(...) Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer plano de educação que pareça fácil, que pareça fácil e rápido e vá representar uma ameaça de democratização do ensino do primeiro grau (...). Pense no Haiti, reze pelo Haiti. O Haiti é aqui. O Haiti não é aqui.”