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Preconceitos Sobre a Raça Indígena e Sua História

Por:   •  11/3/2023  •  Resenha  •  397 Palavras (2 Páginas)  •  93 Visualizações

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Preconceitos sobre a raça indigena e sua história

Manuel Gamio começa “se declarando” um grande admirador do Franz Boas (mais ou menos nos períodos em que ele estava em Harvard e no México), e baseia sua análise na obra do Boas intitulada de “A mente do ser humano primitivo”, mais precisamente, no capítulo “Preconceitos Raciais”. Ele diz que o Boas condena os preconceitos com o que frequentemente se considera a aptidão intelectual dos vários agrupamentos humanos e comprova que não existe a alegada inferioridade inata que se atribui a alguns desses grupos em relação a outros. E que ela é produzida por meio de ordem histórica, biológica, geográfica etc.

O Manuel Gamio diz que a dificuldade dos índios na universidade do México sempre foi o empírico e/ou superficial preconceito. Ele continua falando que de um lado estão os que conceituam um agregado social indigena como um elemento refratário a toda a cultura e destinado a perecer, como um campo estéril onde a semente nunca germina; Os que pregam e realizam obra indigenista enaltecem ilimitadamente as faculdades do índio, consideram-no superior ao europeu por suas aptidões intelectuais e físicas. e então, Gamio diz ue, falando de forma natural, nenhum dos dois estão certos. O índio tem a mesma aptidão para o progresso que o branco. Não é superior nem inferior. Resumindo, pode-se dizer que todos os grupos humanos possuem iguais aptidões intelectuais nas mesmas condições de educação e o meio inerentes à cultura que se trata de difundir.

Segundo Gamio, a civilização europeia contemporânea não tem conseguido se infiltrar em nossa população indígena por dois grandes motivos:

* O primeiro se dá pela resistência natural que essa população opõe à mudança de cultura;

* A segunda se dá porque desconhecemos o motivo dessa resistência, não sabemos como pensa o índio, ignoramos suas verdadeiras aspirações e os pré-julgamos com nossos critérios, quando deveríamos penetrar profundamente no que é para compreendê-lo e fazer com que ele nos compreenda. E que precisamos forjar para nós, “uma alma indígena”.

Gamio diz que a tarefa de se aproximar dos indígenas não cabe ao governante, nem aos pedagogos, nem ao sociólogo. Essa tarefa depende do Antropólogo, e em particular, ao etnólogo, cujo apostolado requer não apenas esclarecimento e abnegação, mas principalmente orientações e pontos de vista desprovidos de qualquer preconceito (isso quanto ao preconceito racial).

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